por Maria Fernanda Erdelyi
A cadeira da Câmara dos Deputados no Conselho Nacional de Justiça, que ficou vazia nos últimos nove meses, está prestes a ser ocupada. O advogado Marcelo Rossi Nobre foi sabatinado nesta quarta-feira (19/3) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado e aprovado com 20 votos e uma abstenção. A nomeação ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado para ser confirmada.
Na composição inicial do CNJ esta cadeira foi ocupada por Alexandre de Moraes, ex-secretário da Justiça do estado de São Paulo, que não quis entrar na disputa para continuar na vaga. O espaço no Conselho entrou em disputa política na Câmara e lá rolou por muitos meses, desde junho do ano passado, quando a composição do CNJ foi renovada.
Quatro candidatos disputavam a vaga: Marcelo Rossi Nobre, filho do ex-deputado Freitas Nobre e membro do Conselho Diretor da Associação dos Advogados de São Paulo; Helenilson Pontes, tributarista e ex-procurador da Fazenda Nacional; José Augusto Garcia de Souza, defensor público e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e o juiz trabalhista Jorge Berg, de Minas Gerais.
Em dezembro do ano passado permaneciam no páreo Marcelo Nobre e o defensor José Augusto. Marcelo foi eleito pela Câmara com 269 votos. Souza saiu da disputa com 131 votos. Freitas Nobre, pai de Marcelo, morto em 1990, fez história na Câmara e foi muito lembrado como grande líder na sessão da sabatina nesta quarta-feira.
O indicado
Durante a sessão na CCJ, Marcelo Nobre defendeu os diagnósticos, pesquisas e estatísticas do CNJ para aperfeiçoar o planejamento do Judiciário e aparar arestas. “Não há médico que consiga medicar o seu paciente sem um belo diagnóstico, sem saber dos seus sintomas”, afirmou o advogado. Se confirmado no plenário do Senado, Marcelo Nobre terá mandato de dois anos, com a possibilidade de um segundo mandato.
Marcelo Nobre é formado em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas e tem pós-graduação em Direito Societário pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. Ele foi assessor especial da prefeitura de São Paulo na gestão de Marta Suplicy, quando chefiou o gabinete do vice-prefeito, Hélio Bicudo.
Revista Consultor Jurídico