Enquanto os estudantes que invadiram a reitoria da Universidade de Brasília (UnB) se recusam a cumprir a decisão judicial que os manda desocupar o lugar, o presidente nacional da OAB, Cezar Britto, tenta intermediar uma saída pacífica para o caso. Britto conversou neste domingo (6/4), por telefone, com o reitor da universidade, Timothy Mulholland, e com representantes dos universitários.
O grupo de alunos invadiu a reitoria na última quinta-feira e exige a renúncia do reitor, investigado por ter gasto R$ 470 mil para a compra de mobiliário de luxo com verba da Fundação de Empreendimento Científico (Finatec). “A OAB procurou interceder, buscando uma solução negociada, pois a ninguém interessa que se pratiquem atos de violência, ou mesmo o uso de força para solução de conflitos que podem ser resolvidos por meio do diálogo”, afirmou Cezar Britto.
Na sexta-feira, a juíza federal Cristiane Pederzolli, da 17ª Vara do Distrito Federal, deu liminar determinando a reintegração de posse à universidade. De acordo com a decisão, o movimento – promovido pelo Diretório Central dos Estudantes da UnB – terá de pagar R$ 5 mil de multa a cada hora de desobediência. A juíza autorizou a Polícia Federal a intervir para o cumprimento da determinação judicial.
A PF negocia a desocupação com os estudantes e decidiu esperar pelo resultado da assembléia marcada pelos alunos da UnB para esta segunda-feira (7/4), quando eles decidirão os rumos da ocupação, antes de qualquer ação. O vice-presidente da seccional da OAB do Distrito Federal e secretário da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia do Conselho Federal da OAB, Ibaneis Rocha, já procurou contato com a Polícia Federal para pedir que seja evitado o uso de força.
Revista Consultor Jurídico