O agricultor Rayfran das Neves Sales, que já confessou ter matado a missionária norte-americana Dorothy Stang, apresentou nova versão para o crime. Rayfran e Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, são novamente julgados pela 2ª Vara de Júri de Belém porque foram condenados a mais de 20 anos pelo crime. O novo julgamento, que começou nesta segunda-feira (5/5), deve durar dois dias.
A promotoria desconfia que a mudança de versão é uma tentativa desesperada de tentar livrar o fazendeiro Bida, condenado como mandante do assassinato.
Nesta segunda, Rayfran disse que a arma usada para matar a religiosa não pertencia ao fazendeiro Bida, como havia afirmado no julgamento anterior, quando foi condenado a 27 anos de prisão. Bida, que foi condenado a 30 anos, também voltou a negar qualquer participação no assassinato de Dorothy.
Dorothy Stang foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Ela foi morta aos 73 anos com seis tiros quando se dirigia a uma reunião com agricultores no interior de Anapu. Ela era americana naturalizada brasileira e atuava há 40 anos na organização de trabalhadores no Pará.
Revista Consultor Jurídico