O delegado da Polícia Federal, Fernando Segóvia, disse nesta sexta-feira (9/4) que agentes da corporação podem continuar a apreender armas na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Na quinta-feira (8/5), o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, impediu a entrada da PF e da Força Nacional de Segurança nas fazendas ocupadas pelos não-índios na reserva indígena. Por meio de petição em Ação Cautelar, a União e a Funai queriam permissão para busca e apreensão de armas, munições e explosivos que estivessem em posse dos fazendeiros.
“Nós só não podemos entrar nas casas das pessoas para fazer a busca, mas, se encontramos alguém armado, sem ter autorização de porte concedida pela PF, podemos fazer a apreensão”, explicou o delegado, que é o coordenador-geral das operações da Polícia Federal na Raposa Serra do Sol.
Segundo a Agência Brasil, Segóvia informou que equipes volantes da PF que estão na reserva vão parar carros, identificar pessoas e verificar se estão armadas.
A situação da região é tensa. Índios e arrozeiros esperam decisão do Supremo sobre a área. A expectativa é que a decisão saia este mês. O relator das ações que tratam do tema, ministro Carlos Ayres Britto, deve finalizar seu voto nos próximos dias.
Dez indígenas foram feridos por empregados da Fazenda Depósito, ocupada pelo agricultor Paulo César Quartiero. Três deles encontram-se em estado grave. O crime aconteceu quando as vítimas ocuparam a fazenda.
Revista Consultor Jurídico