A defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, presos preventivamente, entrou com pedido de Habeas Corpus. Eles são acusados de homicídio triplamente qualificado de Isabella.
O pedido será analisado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. De acordo com informações da Agência Estado, o Habeas Corpus tem mais de 100 páginas. O argumento é o de que o decreto de prisão não poderia ter como base o clamor popular e a manutenção da ordem pública. A prisão foi decretada pelo juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. O juiz acolheu denúncia do promotor Francisco Cembranelli. A menina Isabella foi jogada, no dia 29 de março, do 6º andar do edifício London, na vila Izolina Mazzei, Zona Norte de São Paulo.
O interrogatório dos réus está marcado para o dia 28 de maio, às 13h30. Segundo o promotor responsável pela acusação, Francisco Cembranelli, se a prisão não fosse decretada, o julgamento dos dois pelo 2º Tribunal do Júri, no Fórum de Santana, poderia demorar até seis anos. “Estando eles soltos, não tenho dúvidas de que não teremos qualquer desfecho antes de cinco ou seis anos”, declarou. Cembranelli acredita que se o casal ficar preso o júri poderá sair até o final do ano.
Isabella morreu em 29 de março, quando passava o fim de semana com o pai e a madrasta. De acordo com a denúncia, ela foi asfixiada e jogada do sexto andar do edifício London, na zona norte de São Paulo. No dia 18 de março, Alexandre e Anna Carolina foram ouvidos pela Polícia e acabaram indiciados pela morte da menina. Ambos negam o crime. O casal chegou a ficar oito dias preso temporariamente. Liminar do desembargador Caio Canguçu de Almeida os livrou da cadeia.
Revista Consultor Jurídico