Os fiscais da Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro apreenderam, nesta terça-feira (3/6), três mil cestas básicas na Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Magé (RJ). Foram encontrados ainda 14 caixões, 20 cobertores, 100 camisetas com propaganda da prefeitura e milhares de tíquetes de vale-leite.
Cinco computadores foram também levados por determinação da juíza de fiscalização de propaganda de Magé, Maria Izabel Holanda Daibert. A suspeita é a de que o material seria distribuído para angariar votos.
A operação foi resultado de denúncia apresentada à 110º Zona Eleitoral, responsável pela fiscalização, que informava suposto uso da máquina pública pela prefeita Núbia Cozzolino, eleita em 2004 pelo PMDB.
Outra acusação
Na segunda-feira (2/6), a prefeita também foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por formação de quadrilha e apropriação e desvio de rendas públicas. De acordo com a denúncia, Núbia teria feito um contrato com uma associação para implantação de programas de saúde e apoio administrativo.
Segundo os promotores, os preços pagos seriam superfaturados. Eles seriam desviados em benefício da prefeita e de aliados. Só em 2007, os contratos totalizaram R$ 10 milhões.
A prefeita de Magé e o Ministério Público do Rio de Janeiro vivem em guerra declarada. Há cerca de um ano e meio, chegaram a bater boca pelos jornais.
Revista Consultor Jurídico