Policiais federais começaram, nesta segunda-feira (23/6), uma série de discussões que podem levar a categoria a uma greve nacional. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Vinício Wink, convocou os membros do Conselho de Representantes da categoria para uma assembléia geral extraordinária. Os debates devem durar até quinta-feira (26/6), em Brasília.
Segundo a Fenapef, “as assembléias terão como uma das pautas do encontro a possível paralisação da categoria contra a PEC 549”. A Proposta de Emenda Constitucional 549 cria a carreira jurídica para delegados de Polícia equiparando-os aos membros do Ministério Público, nos vencimentos e nas prerrogativas. De acordo com os policiais federais, “além de aprofundar o abismo salarial existente a proposta provocará um descontentamento generalizado nas polícias de todo o Brasil por força de privilegiar somente um segmento dentro das instituições criando a figura do delegado-juiz”.
Além da PEC, os policiais irão tratar de questões como Lei Orgânica e inquérito policial. Na terça e na quarta-feira, os representantes sindicais estarão no Congresso Nacional. O objetivo é fortalecer o movimento contrário à PEC 549 junto a deputados e senadores.
Wink diz que “além de definir os rumos da mobilização contra a proposta que cria carreira jurídica para delegados, os policiais irão deliberar sobre assuntos de interesse de toda a categoria”. Estão envolvidos na luta contra a PEC policiais federais, peritos criminais, policiais civis e militares.
Revista Consultor Jurídico