As eleições estão aí para você “nomear” os funcionários que durante alguns anos, vão agir em seu nome e administrar a sua vida.
Por isso é muito importante que você procure avaliar o conjunto, partido e candidato, que vai ser merecedor do seu voto. Não se impressione com as falas fáceis, metáforas, sorrisos, com a maquiagem que os especialistas fazem nas propostas e nos candidatos.
Rememorem tudo que tem acontecido nos últimos tempos, no mínimo de um ano para cá, e pesem na sua balança de conhecimentos os prós e contras de cada partido, de cada candidato.
Avaliem os partidos com muito critério e sintam quais aqueles que realmente agem de acordo com o seu programa, com sua proposta de ação, com sua doutrina e, principalmente, se as pessoas, dirigentes e os políticos que o compõe são merecedores de confiança para receber o seu voto.
Cuidado com o ninho de cobras e outros bichos mais. Você sabe o que uma batata podre pode fazer com todo um saco, com todo o resto de boas batatas. Imagine então, várias batatas podres, no que pode dar para sua vida. Portanto, avalie e veja até que ponto pode ocorrer a contaminação nas demais. Leve em consideração que as maiores, as grandes, são as mais perigosas.
Há vários pontos que você, eleitor, pode considerar na escolha do voto. Procure, dentro do seu critério de escolha, aquele que mais esteja de acordo com o que você entende ser o melhor candidato para “nomeá-lo” para trabalhar, em seu benefício, no Congresso, no Executivo estadual e federal e nas assembléias legislativas.
Avalie se está na hora de mudança desse quadro graduado de funcionários públicos na esfera estadual e federal ou seja, de presidente, governadores, senadores e deputados estaduais e federais.
Caso entenda que sim, nomeie outro que não vá decepcioná-lo ou que pelo menos faça o mínimo necessário para ser merecedor do salário que você paga todo mês via impostos que vão desde o cafezinho e passam pela pasta de dente, banho que você toma, sabonete que usa, luz que passa sua roupa, sapato que você calça, salário que você recebe e por aí vai.
Faça uma reciclagem de sua própria vida e procure encontrar pontos positivos relativos ao seu trabalho em relação a sua qualidade de vida. Encontre razões que possam justificar a manutenção da administração que aí está. Avalie a sua perspectiva de futuro com melhoria na sua vida, se pelo menos existe uma luz no fim do túnel com aqueles que você está pensando em “nomear”.
Caso faça parte da terceira idade, busque pelo raciocínio lógico obtido durante sua existência e pergunte a si mesmo se era essa a vida que esperava ter depois de anos de contribuição e, caso negativo, se os “nomeados” fizeram algo para melhorá-la.
Procure saber ou se informar, até do próprio candidato, se o mesmo sabe qual é o papel da Instituição pela qual procura ser “nomeado” por você. Saiba que a grande maioria é candidata sem sequer saber qual a atividade funcional que vai exercer no cargo para o qual pede para você “nomeá-lo”. Existem senadores, deputados e até mesmo governadores que chegam lá sem ter muito ou pouco conhecimento das atividades inerentes ao cargo.
Alguns, pelo menos no início, ficam mais perdidos que cego em tiroteio porque desconhecem a função a ser exercida. Existem alguns que deixam a função, ao final de quatro anos, sem saber qual é a essência, os objetivos do funcionamento e organização dos poderes do Estado. Muito menos ainda, os princípios fundamentais da criação do Estado e da sua organização político-administrativa. Procure observar se durante a campanha política o candidato tem a preocupação de informá-lo sobre como pretende exercer o seu mandato e não apenas, de forma vazia, que vai defender ou fazer isto ou aquilo. Lembre-se de que, para cada Poder existe uma atribuição específica e cada um deles é independente. Vote bem. Eleitor, prepare-se.
Raphael Curvo, Advogado