Seul e Tóquio preparam retaliação contra Coreia do Norte

Os governos da Coreia do Sul e do Japão discutem nesta segunda-feira estratégias de retaliação contra a Coreia do Norte pelo lançamento do foguete no último sábado (4). Os países afirmam que a operação, que Pyongyang afirma se tratar de um satélite de telecomunicações, foi fracassada. Neste domingo, a Coreia do Norte afirmou que o artefato estava no espaço transmitindo discursos comunistas do general Kim Il-sung e do ditador Kim Jong-il.

Neste domingo, os governos se reuniram em uma reunião emergencial no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), mas não chegaram a uma conclusão. A expectativa é que nesta segunda-feira os governos cheguem a um consenso em relação ao prolongamento das sanções ao país, o que deverá isolar a Coreia do Norte economicamente.

“O ato temerário da Coreia do Norte que ameaça a segurança regional e mundial não pode ser justificado sob nenhuma circunstância”, afirmou o presidente Lee Myung-Bak em um programa de rádio que prometeu punir a Coreia do Norte com “severidade”.

O governo japonês decidirá nesta sexta-feira (10) novas sanções contra a Coreia do Norte, que poderiam representar um embargo nas exportações, informa nesta segunda-feira a agência local Kyodo.

O ministro porta-voz japonês, Takeo Kawamura, indicou que a política de sanções de Tóquio contra a Coreia do Norte será decidida em reunião do gabinete. Antes do lançamento do foguete norte-coreano, o governo japonês tinha indicado sua intenção de prorrogar suas sanções contra o país, que expiram na próxima segunda-feira (13), por mais uma ano em vez de seis meses.

O Japão impôs as sanções econômicas contra a Coreia do Norte depois do teste nuclear que realizou o regime comunista em outubro de 2006. Anteriormente, os Estados Unidos divulgaram que iriam trocar as operações militares por sanções ao país.

Fracasso

O Exército russo anunciou nesta segunda-feira que a Coreia do Norte não colocou nenhum satélite em órbita. Segundo os países ocidentais, o lançamento não passou de um teste de um míssil estratégico. De acordo com Washington e Seul, a primeira parte do foguete caiu no mar do Japão e as demais foram disseminadas no Oceano Pacífico.

Segundo o ministério da Defesa sul-coreano, não há informações se as duas últimas fases do foguete de longo alcance chegaram a se separar ou caíram juntas ao mar.

O regime comunista de Pyongyang assegurou neste domingo (5) que lançou com sucesso um foguete de três peças que colocou em órbita seu satélite de comunicações Kwangmyongsong-2.

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