Relatório final de CPI exclui Protógenes, Lacerda e Dantas de pedidos de indiciamento

por Ivan Richard

No relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas (CPI dos grampos), que apresentou hoje (23) na Câmara, o deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), incluiu mais um pedido de indiciamento, o do terceiro-sargento do Centro de Inteligência do Comando da Aeronáutica, Idalberto Martins de Araújo, por posse de documentação sigilosa. Em relatório apresentado no dia 4 de março, Pellegrino tinha feito quatro pedidos de indiciamento.

Mais uma vez, Pellegrino exluiu dos pedidos de indiciamento alguns dos principais envolvidos na Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que investiga crimes financeiros e de lavagem de dinheiro: o delegado Protógenes Queiroz, que comandou a operação, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda e o banqueiro Daniel Dantas, controlador do grupo Opportunity.

Sobre o delegado Protógenes, Pellegrino justificou que ele compareceu à CPI como investigado e com habeas corpus preventivo e que, portanto, não poderia criar provas contra si. Quanto a Dantas, o relator afirmou que ele já foi indiciado criminalmente por outros órgãos e que não haveria necessidade de novo pedido por parte da CPI. No caso de Paulo Lacerda, o relator informou que ele enviou carta à comissão retificando e complementando o que havia dito anteriormente.

“Adotei o critério de que quem já está indiciado não deveria ter, por parte da CPI, novo indiciamento. Porque o indiciamento significa o envio ao Ministério Público de provas de autoria e materialidade para futura denúncia”, explicou Pellegrino.

Vários deputados pediram vista do relatório e a votação ficou para a próxima terça-feira (28).

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