Lula chega à China para aprofundar comércio e atrair investimentos

por Rogerio Wasserman

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Pequim às 10h40 desta segunda-feira (23h40 de Brasília), para o início de sua visita oficial de três dias à China, com a difícil missão de aprofundar o comércio entre os países e atrair investimentos chineses ao Brasil.

A visita de Lula já é alvo de preocupação de empresários brasileiros que vêem pouco empenho do governo do Brasil em pressionar a China por uma maior abertura para os produtos brasileiros.

Um dos objetivos específicos da visita na área comercial, a abertura do mercado chinês para a carne brasileira, também corre o risco de não se concretizar, por conta das contrapartidas exigidas pelo governo chinês.

Outra questão ainda em aberto é a possibilidade de a Petrobras fechar um acordo para um financiamento chinês de US$ 10 bilhões para a exploração do petróleo pré-sal.

O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, que também está na China com a comitiva presidencial, espera anunciar o acordo nas próximas horas.

Maior parceiro comercial

A China se tornou no mês passado o maior parceiro comercial do Brasil em abril pela primeira vez na história, desbancando 80 anos de liderança absoluta dos Estados Unidos.

Mas apesar disso, a importância do Brasil para a China ainda é pequena. As exportações brasileiras representam apenas 1,3% das importações chinesas.

Além disso, enquanto a grande parte das exportações brasileiras são de matérias primas, como a soja, o minério de ferro ou o petróleo, os produtos chineses vendidos ao Brasil são em sua maioria industrializados, com maior valor agregado.

Um dos objetivos do Brasil com a visita de Lula é diversificar a gama de produtos vendidos à China e abrir o mercado local para produtos brasileiros mais sofisticados.

Críticas

Mas muitos empresários que acompanhariam a visita de Lula para participar de encontros com empresários chineses acabaram desistindo, reclamando da falta de empenho brasileiro para convencer as autoridades chinesas a abrir seu mercado.

Inicialmente, a agenda de Lula na China teria cinco dias, com uma passagem em Xangai, onde acontece um dos encontros paralelos de empresários, mas acabou sendo limitada a três dias em Pequim, com encontros com autoridades locais e participação no encerramento do encontro empresarial na capital chinesa, na terça-feira.

Outro desses encontros empresariais, que ocorreria na cidade de Shenzhen, ao sul do país, acabou cancelado.

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