A Coreia do Norte sentenciou a 12 anos de trabalhos forçados as duas jornalistas norte-americanas que foram acusadas de cruzar ilegalmente a fronteira e por “grave delito” não especificado pelo governo de Pyongyang, informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Laura Ling, de 32 anos, e Euna Lee, de 36, ambas de uma rede de TV da Califórnia, foram detidas na fronteira em 17 de março, na região do Rio Tumen, perto da China. Elas investigavam a situação de supostos refugiados que tentariam fugir do país comunista.
Segundo um especialista ouvido pela agência de notícias Associated press, a pena inclui a prisão das jornalistas. Elas não podem apelar da decisão pois foram julgadas na mais alta Corte do país, em que as decisões são finais.
A sentença vem num momento de tensão nuclear em meio a um último teste feito pelo país comunista, que gerou críticas e ameação de represálias da comunidade internacional.
A condenação preocupa as autoridades dos EUA. “Estamos preocupados com a informação e estamos usando todos os canais possíveis para a liberação das duas. Nossos pensamentos estão com as famílias das jornalistas neste difícil momento”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly.
Segundo o jornal “New York Times”, Ling sofre de úlcera e precisa de medicação e Lee deixou uma filha de quatro anos em casa.
Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou estar muito preocupado com a condenação das duas jornalistas americanas e disse que fará todo o possível para obter a libertação de ambas, anunciou a Casa Branca.