A partir das 8 horas desta quinta-feira (3), será levado para julgamento pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Luiz Afonso Andrade, de 42 anos, acusado pelo assassinato da arquiteta Eliane Aparecida Nogueira de Andrade, de 39 anos, a qual era sua esposa. O advogado do réu solicitou o adiamento do júri em razão de que o depoimento da testemunha M. N. dos S., mãe do acusado, não foi juntado aos autos.
O juiz de direito em substituição legal, Aluízio Pereira dos Santos, indeferiu o pedido, pois o fato de a carta precatória não chegar a tempo não impede que o julgamento seja realizado, de acordo com o § 2º do art. 222 do Código de Processo Penal. Além disso, o magistrado acrescentou que a mãe do acusado não foi ouvida, porque o filho informou errado o endereço dela.
Na peça acusatória, o Ministério Público narra que o denunciado, no dia 2 de julho de 2010, teria asfixiado a vítima por meio de esganadura e posteriormente ateou fogo no veículo em que ela estava, e que ela inalou monóxido de carbono (gás irrespirável). Com o incêndio, parte do cadáver foi destruído. O réu está preso desde julho de 2010.
Luiz Afonso vai a julgamento nesta quinta-feira pela prática de crime de homicídio por motivo torpe, por meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de destruição de cadáver. O julgamento acontece sete meses após a morte da arquiteta.