Cabeludo afirma que foi vítima de um oportunista

Citado como um dos integrantes de esquema de favorecimentos em projetos da Emha, o vereador de Campo Grande-MS, Vanderlei Cabeludo (PMDB), disse que é inocente e que foi vítima de um oportunista. “Eu não tenho nada a ver com isso. Jamais fiz alguma coisa errada. Sou um homem trabalhador”, afirmou o parlamentar em entrevista na Câmara Municipal.

Na semana passada, o assessor do vereador, Celso Roberto Costa, 35 anos, foi detido para prestar esclarecimentos sobre favorecimento na entrega de casas populares, chegou a ser liberado, mas foi preso por tentar extorquir Cabeludo.

De acordo com Vanderlei, Celso Roberto pediu R$ 8 mil para poder pagar as pessoas que participavam do esquema, mas não revelou o teor da chantagem. “Isso não faz o meu perfil. Eu luto pela cultura, eu luto pelo sertanejo. Eu quero que a policia apure tudo”, ressaltou.

Vanderlei Cabeludo afirmou que o assessor estava lotado no seu gabinete desde janeiro deste ano, porém Celso Roberto já havia trabalhado com ele em campanhas anteriores. “Ele era como um coringa aqui. Ele fazia de tudo”, explicou.

Cabeludo já solicitou a exoneração do assessor, que ainda está preso no Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros).

Chorando, o parlamentar relatou que as provas colhidas pela polícia mostram que ele não tem envolvimento com o esquema. “O cara vem da roça, trabalha a vida inteira, e vem um oportunista para fazer isso com a gente”, finalizou.

O presidente da Casa de Leis, Paulo Siufi (PMDB), informou que se reuniu na manhã de hoje com Cabeludo, e que tem a certeza da inocência do vereador. “Eu tinha certeza que o Vanderlei não estava envolvido. A Câmara sempre esteve tranquila. Nenhum vereador tem envolvimento com irregularidades”, destacou.

Siufi disse ainda que não recebeu nenhum comunicado da polícia relatando sobre ocorrido, e que só vai abrir sindicância caso seja apresentada alguma prova da participação do vereador no esquema.

O caso – Na sexta-feira (6), Celso prestou depoimento na Delegacia Especializada de Defraudações por estar envolvido em um suposto esquema de favorecimento na entrega de casas populares.

Segundo informações de vítimas, ele pedia R$ 800,00 dizendo que elas receberiam as casas até abril desse ano. “Ele dizia que tinha influência lá dentro e que tinha o apoio de um vereador. Nós acreditamos. Eu paguei em duas vezes porque não tinha dinheiro”, disse Maurilei Leal, 34 anos.

Projeto – Um projeto de autoria do vereador Carlão, apresentado a mesa diretora da Câmara, exige que o sorteio de casas populares seja realizado em praça pública. “Isso serviu para deixar mais clara o processo de sorteio das casas”, destacou Siufi.

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