“Operação de guerra”; Mato Grosso terá “desmatamento zero”

Em curto período, foram 480 quilômetros quadrados de florestas derrubadas em Mato Grosso. Precisamente, entre março e abril. A fúria dos desmatadores assustou a todos e por pouco não colocou em xeque a votação do novo Código Ambiental – que segue polêmico. Nesta quarta-feira, em Sinop, no Norte de Mato Grosso, a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, ao lado do ministro José Eduardo Cardozo, da Casa Civil, garantiu: até julho, Mato Grosso terá desmatamento zero. Ou seja: não será tolerada a derrubada ilegal de uma árvore sequer. Quem desmatou, desmatou.

A presença da ministra numa das regiões em que mais se desrespeitou a legislação e que causou forte impacto com a devastação da floresta nos últimos anos, abriu o trabalho da Força Tarefa composta por mais de 520 agentes, que irão monitorar principalmente os polígonos do desmatamento indicados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A ministra conversou com as equipes do Ibama, Secretaria de Meio Ambiente e Polícia Ambiental e repassou orientações e lançou o desafio.

A ministra anunciou que todas apreensões a serem realizadas na operação, tais como tratores e caminhões, além de outros equipamentos, devem ser encaminhadas para Brasília onde ficarão apreendidos. Toras que forem extraídas de áreas, sem planos de manejo, também devem ter mesmo destino. O objetivo é dificultar a liberação dos produtos apreendidos, além de aplicar as sanções previstas em lei – multas, embargos de áreas e apreensões de gado ou produtos agrícolas.

“Sabemos do compromisso do Governo de Mato Grosso com o desmatamento ilegal zero, que reduziram 62% do desmatamento, e reconhecemos que tem mais gente séria que ilegal”, ressaltou a ministra do Meio Ambiente ao ressaltar que a partir agora irão trabalhar todos juntos em campo e que a interlocução Governo do Estado/Governo Federal será muito mais permanente.

Izabella Teixeira, e José Eduardo Cardozo, acompanhados do governador Silval Barbosa, realizaram um sobrevôo na região. “Não vamos aceitar, vamos fiscalizar e punir os culpados” – reforçou o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa. Porém, pediu cautela nas ações das forças de segurança. , lembrando que em operações anteriores houve denuncias de “abusos de forças policiais e de fiscalização”.

Segundo o superintendente do Ibama, Ramiro Hofmeister de Almeida Martins-Costa, essa operação começou no fim de maio, mas passou a ser intensificada depois da descoberta do desmatamento alarmante. O superintendente do Ibama alega que agentes não têm planos de invadir fazendas sem qualquer prova de atividade ilegal. “Só iremos (nos locais de desmate) com imagens reais dos satélites”, disse. A permanência da força-tarefa em Mato Grosso será por tempo indeterminado, diz o superintendente do Ibama.

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