TRABALHANDO COM O INIMIGO – CONCORRĘNCIA DESLEAL

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

Martin Luther King

Caminhando pela vida, encontramos pessoas fantásticas, maravilhosas, muitas das quais elevamos até um alto plano astral, mas que, infelizmente muitas das vezes apunhalam-nos pelas costas no fim de algumas de nossas missões, sem ao menos dizer o motivo. No meio de lágrimas e derrotas, paramos e pensamos. Vem um sorriso e concluí que, é conhecendo a nós mesmo que conheceremos as maravilhas do Cósmico – o nosso verdadeiro lar espiritual.

Será a falsidade um mal necessário? Imprescindível para aqueles que escondem, sob um sorriso, sua verdadeira face. Exatamente… Sei que afirmar que o ser humano é uma entidade cruel, que visa somente os seus interesses, sem importar-se com as conseqüências que estará causando ao próximo, pode chocar algumas pessoas.

Não só no trabalho, como também em todas as relações sociais e pessoais humanas, a falsidade está sempre presente. Infelizmente. Tudo em razão da questão humana da inveja, ódio e medo de perder posição ou ser superado. A Constituição de 1988, no título que trata da Ordem Econômica e Financeira assegura, no art. 170, inciso IV a Livre Concorrência como um dos princípios da ordem econômica. Ela é uma manifestação da liberdade de iniciativa. Então, fazer o quê!

E quando você está concorrendo algo com outras pessoas que possuem mais meios para conseguir o que você também está querendo? Por exemplo, você vai a uma entrevista de emprego, chegando lá você percebe que a outra pessoa que também está concorrendo à vaga é amigo (a) ou conhecido (a) do patrão ou da pessoa que irá fazer a seleção… neste caso você tem poucas chances de ser o escolhido, certo?

“Art. 209. Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal não previstos nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, ou entre os produtos e serviços postos no comércio.”

Portanto, identifica-se a concorrência desleal após análise dos meios empregados pelo empresário para conquistar mercado, ou seja, observando-se se os meios utilizados são condenáveis (enquadram-se nos tipos descritos no art. 195 e 209 da Lei de Propriedade Intelectual) ou não.

É lamentável, quando trabalhamos com uma pessoa por tanto tempo e, de repente, somos apunhalados pelas costas. Será que isso teria que passar? Deve ter acontecido por acaso? O acaso existe? Deve ter tido algum propósito? Será isso um dos nossos destinos? Ser apunhalado pelas costas? Ser traído? Gentilmente, com a nossa ingenuidade, em não ver maldade nas pessoas? Infelizmente, recebemos o ataque inimigo.

No livro a Arte da Guerra de Sun Tzu, encontramos recomendações referentes ao reconhecimento tático, à observação, ao patrulhamento dos flancos, todas as medidas que tendem a garantir marchas e acampamentos seguros. Sondar o inimigo antes da luta era essencial.

Várias recomendações táticas reforçam este princípio de conservação geral. Primeiro por ser desejável vencer sem lutar, Sun Tzu diz ainda que é melhor vencer os adversários logo no início das operações, frustrando assim seus planos. Se isso não for possível, Sun Tzu recomenda isolar o inimigo e torná-lo indefeso. Aqui também poderia parecer que o tempo é essencial, mas, na verdade, velocidade não significa pressa, e uma preparação completa se faz necessária. Sun Tzu conclui enfatizando que, obtida a vitória, esta deve ser completa e total, para evitar os custos de manutenção de uma força de ocupação.

Seguindo esta linha de raciocínio, Sun Tzu volta a pôr ênfase na busca da vitória certa pelo conhecimento do momento de agir e de não agir. Torna-te invencível, diz ele, e enfrenta o adversário no momento em que ele é vulnerável. “Os bons guerreiros tomam posição onde não podem perder e não descuidam das condições que tornam o inimigo propenso à derrota.” Revendo essas condições, Sun reelabora alguns dos pontos principais para a avaliação das organizações, tais como a disciplina e a ética versus ambição e corrupção.

De fato, não é fácil lidar com pessoas em quem não se pode confiar, especialmente quando elas nos magoam o tempo todo, e o pior, quando não demonstram a falsidade. No entanto, você terá de enfrentar esse e outros tipos de pessoas-problema em sua vida pessoal e profissional. O ambiente de trabalho, geralmente, é um cenário de competições, com regras mais ou menos claras. Essa competição é da natureza humana e você teria que se exilar como aquele náufrago do filme com o mesmo nome, se quiser fugir da ambição humana. As pessoas acabam criando inimigos e inimizades que prejudicam o trabalho e minam o ambiente de labor com desconfiança e desrespeito.

Finalizo com este capitulo de Mateus 5.44 (Eu, porém vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem). Inimigo: São os que podem nos fazer algum tipo de crueldade, maldade, prejudicar, injuriar, caluniar, difamar ou causar um grande sofrimento, ou seja, simbolicamente são os contrários a palavra do Deus vivo e único em sua vida. Não podemos nos auto-afirmar incapazes de amar os nossos inimigos. Esta é uma luta espiritual, pois se você não procurar vivenciar uma verdadeira base espiritual, realmente será impossível amar os que estão lhe fazendo algum tipo de mau. Pois o próprio Senhor Jesus Cristo pediu ao Pai que os seus opressores fossem perdoados. Sei que é difícil, mas que o Espírito Santo possa ser semeado em nossos corações, para que venhamos verdadeiramente a perdoar – seja lá qual for o tipo de sofrimento que porventura tenhamos que passar por causa de alguém.

AUTOR: * Valdeci Martins – Membro da Uniăo Brasileira de Escritores – UBE/MS. Bacharel em Adm. de Empresas Policial Militar – Cb. PM. Graduado e Pós-Graduado em Estudos de Política e Estratégia pela UCDB/ADESG, XXI CEPE.

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