Após deflação em fevereiro, IGP-M avança em março, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, porque é utilizado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, variou 0,43% em março, após ter registrado recuo de -0,06% no mês anterior. Em 12 meses, o índice tem alta de 3,23% e, no ano, de 0,62%.

Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e utilizado pelo Banco Central para calibrar os juros, havia apresentado comportamento distinto do IGP-M, registrando desaceleração em relação à variação do mês anterior.

Utilizado no cálculo do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que registra a variação dos preços do atacado, avançou 0,42% em março, após deflação de 0,26% em fevereiro.

Já a inflação do varejo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), também usado para calcular o IGP-M, subiu 0,48%, ante alta de 0,27% em fevereiro. A maior contribuição partiu do grupo habitação, cuja taxa passou de 0,32% para 0,99%. Dentro desse grupo de gastos, tiveram variações mais significativas os preços relativos a empregada doméstica mensalista (de 0,72% para 4,88%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,02% para 1,69%) e aluguel residencial (de 0,48% para 0,95%).

Outros grupos de despesa também seguiram o mesmo comportamento: alimentação (de -0,05% para 0,45%), vestuário (de -0,22% para 0,27%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,45% para 0,54%).

Na contramão, estão os grupos educação, leitura e recreação (de 1,18% para 0,27%), comunicação (de 0,18% para -0,26%), despesas diversas (de 0,41% para 0,07%) e transportes (de 0,29% para 0,22%).

Custo da construção
Na mesma divulgação, foi conhecida a variação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Em março, o indicador subiu 0,37%, abaixo do resultado de fevereiro, de 0,42%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços passou de 0,40% para 0,42%. O índice relativo a mão de obra variou 0,32% em março, contra 0,43% no mês anterior.

Como ficam os juros
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse no início deste mês, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, que a inflação está controlada no país, o que abre a possibilidade de ação do governo nas políticas monetária (definição da taxa de juros).

“Se compararmos janeiro e fevereiro deste ano, com mesmo período do ano passado, a inflação [medida pelo IPCA, que baliza o sistema de metas de inflação do governo] já está menor. Podemos dizer que a inflação já está controlada no Brasil, o que dá mais possibilidade de ação no governo na política monetária e fiscal. O Brasil caminha para taxas de juros de patamares mais normais, de países parecidos”, declarou ele, na época.

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