O Ministério Público de Goiás denunciou ontem (24/06) o ex-senador Demóstenes Torres pela prática de oito crimes de corrupção passiva e pelo crime de advocacia administrativa. O bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu também foram denunciados por corrupção ativa.
Denúncia – O MP/GO denunciou os réus na Justiça de Goiás através de uma de oito promotores escalados para analisar as provas do caso. De acordo com os promotores, no período entre junho de 2009 a fevereiro de 2012 o então senador Demóstenes Torres recebeu quantias em dinheiro que superam R$ 5 milhões.
Foi apurado ainda que, o parlamentar também recebeu viagens em aviões particulares, garrafas de bebida de alto valor e eletrodomésticos de luxo.
As denúncias foram originadas nas operações Vegas e Monte Carlo, que apuraram esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos em Goiás e no Distrito Federal e cientificaram a participação do ex-senador nos episódios.
Anteriormente, o material relativo a Demóstenes foi enviado ao Supremo Tribunal Federal, entretanto, com o afastamento do denunciado de seu cargo político e a perda da prerrogativa de foro, os autos foram encaminhados à Justiça goiana.
Foi identificado ainda pelos promotores, que Demóstenes participou ativamente da negociação de interesses da Delta Construções na prefeitura de Anápolis (GO) em julho de 2011, não havendo porém indícios de que o prefeito tenha aceitado o valor oferecido.
Cautelar – O Ministério Público pleiteou ainda que seja suspensa cautelar de Demóstenes do cargo de procurador de Justiça do estado, já que o ex-senador está afastado provisoriamente do cargo por decisão administrativa do Conselho Nacional do Ministério Público.
23 de outubro
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