Autora: Silvana Deolinda (*)
Nos últimos anos, aumentou o interesse dos escritórios de advocacia pelas mídias sociais. Entretanto, ainda há receio de advogados porque o Provimento 94/2000 e o Código de Ética da OAB deixam bem claro que qualquer serviço relacionado a propaganda e publicidade deve ser feito “com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra finalidade”.
Mas nos dias de hoje é possível ficar fora das mídias sociais? A resposta é não. Além disso, as regras mencionadas não vedam esse tipo de exposição.
Os mais conservadores, acostumados com a mídia impressa (revistas e jornais), geralmente são contra o uso de redes sociais. Consideram-nas perda de tempo. Mas é preciso olhar para o futuro e imaginar o escritório daqui a 10 ou 20 anos lidando com os hoje jovens empreendedores e possíveis clientes.
Sim, a safra de futuros empreendedores é uma geração antenada e muito conectada, que utiliza as mídias sociais para fazer negócios e encontrar informações de novos parceiros. Então, o jeito é se adequar e colocar essa plataforma como parte da estratégia de se tornar visível para os clientes.
Ter boa presença nas mídias sociais é fundamental para qualquer negócio ou empreendedor. Elas são muito importantes para promover sua marca ou mesmo ampliar e movimentar sua rede de contatos. Há diversos relatos de escritórios que foram contatados por clientes em potencial via essas redes.
Os grandes escritórios perceberam esse movimento e estão marcando presença. O TozziniFreire Advogados, por exemplo, já tem mais de 16 mil seguidores. A forma de trabalhar é simples. Os advogados aproveitam essa plataforma para disseminar conteúdo em que o escritório foi fonte na imprensa. Outros escritórios também fazem o mesmo e ainda compartilham informações como participações em eventos e prêmios nacionais e internacionais conquistados.
Estar presente nas mídias sociais facilita as relações entre as empresas e os usuários e, principalmente, quebra barreiras físicas e culturais. Mas não basta estar lá. É preciso saber utilizar essas ferramentas e otimizá-las para seus objetivos.
Uma boa assessoria de imprensa pode ajudá-lo nessa tarefa. A seleção de notícias e a frequência das publicações é algo a se adequar aos objetivos do escritório. Assim como a linguagem a ser adotada, já que cada rede social tem suas regras e limitações.
E onde aparecer e interagir? Facebook, LinkedIn, Instagram, Twitter, Medium, Tumblr, Youbube, Google+ e assim por diante são redes que têm, cada uma, seu perfil e sua demanda de trabalho. Não faltam plataformas, e cada é uma voltada para um público e para um objetivo.
Vamos falar das mídias com maior apelo empresarial: LinkedIn, Facebook e, se bem usado, Twitter.
O Facebook é conhecido por ser a maior rede social do mundo, com 1,5 bilhão de usuários. É muito usado para compartilhamento de diversas informações e por grandes marcas para fazer campanhas institucionais e de vendas. No artigo “Como o Facebook pode promover seu escritório de advocacia?”, Ricardo Orsini dá o caminho das pedras: (http://www.arquivodireito.com.br/facebook-pode-promover-seu-escritorio-de-advocacia/).
O Twitter tem quase 290 milhões de usuários no mundo. Somente no Brasil são 41,2 milhões de internautas postando textos, links, imagens e vídeos com até 140 caracteres. Se bem usada, é uma boa plataforma para compartilhamento de conteúdo relevante e direcionamento de seguidores para o site do escritório.
O LinkedIn é a mídia social queridinha de quem quer fazer networking e manter contato com pessoas relevantes do mercado sem precisar ser oficialmente apresentado. São 400 milhões de usuários, sendo mais de 20 milhões só no Brasil.
Autora: Silvana Deolinda é jornalista e assessora de imprensa na Original 123 Assessoria de Imprensa.