A Crise de Informação Gerencial

Em novembro de 1979, Ricardo F. Tavares escreveu um artigo no jornal ano 2 no. 18 do MCB-Management Center do Brasil, com esse título “A crise da informação gerencial”.

Passaram-se mais de 25 anos, e as empresas continuam no mesmo estágio. Vou relembrar alguns pontos deste artigo para que possamos fazer uma comparação e também nos alertar da morosidade que as empresas tem em aplicar novos modelos de administração e análise das informações.

Tavares listou ali cinco fases do processo de evolução e revolução no crescimento das organizações, segundo Larry E. Greiner, da Harvard Business School.

A primeira, Crise de Liderança, onde o empresário estava iniciando seu negócio, com sua própria criatividade.

A segunda, Crise da Autonomia, a empresa desenvolve seu crescimento através do processo de orientação.

A terceira, Crise do Controle, a empresa no seu processo contínuo de crescimento, desenvolve-se pela delegação.

A quarta, Crise de Burocracia, justificado por aspectos de coordenação.

A quinta, o próprio Tavares, identifica como sendo Crise de Informação Gerencial, não identificada por Greiner da Harvard; aquela que se faz necessária para vencer a burocracia, justificado pela colaboração.

Há 25 anos dizia Tavares, que as empresas tinham sistemas disponíveis de Dados e não de informações; será que hoje é muito diferente.

Será que hoje as empresas têm um sistema de informações de caráter Gerencial para tomada de decisões. E este é de forma integrada com os aspectos sistêmicos da Organização?

A definição das Estratégias, objetivos e metas, recebem uma revisão periódica tendo como suporte as informações de caráter gerencial?
Os usuários recebem treinamento periódico para maior autonomia de análise e capacidade de retro-alimentação dos sistemas.

Mantem a empresa um responsável pela manutenção do Sistema de Informações Gerenciais?

Caro Tavares, poucas empresas se preocupam com sistemas de informações, planos de negócio, planos de marketing, planejamento estratégico, pesquisas de campo para conhecer melhor seus clientes, qualificação de seus funcionários; planejamento de suas atividades de forma científica; avaliação de desempenho e muitas outras ferramentas disponíveis.

Mas, não vamos desistir, Moisés não esperou 40 anos vagueando no deserto até que aquela geração antiga, cheia de vícios do passado perecesse? Talvez, a história se repita para o bem de nossos netos.

Autor: Claudio Raza
Contato: claudior@cis.com.br
Administrador de Empresas, Economista, Contador, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas para Negócio, Professor Universitário, mais de 35 anos assessorando empresas.

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