A ENIGMÁTICA FÓRMULA DA APOSENTADORIA

O sociólogo FHC, mandatário – mór, aposentado aos 36 anos (com certeza não foi por tempo de serviço e nem por contribuição) efetivamente não tem consciência do terror que, a cada medida, causa ao inapiário e ao funcionalismo, sacrificados trabalhadores.

Agora, valha –nos Deus, (e a Câmara aprovou), foi criada uma fórmula, digna de Eistein, ao desvalido contribuinte, para ser decifrada quando de sua aposentação.

Pelo que se infere, (mas falta, depois, para aumentar o labirinto todas as ordens internas, etc.,) o cálculo da aposentadoria deverá seguir o seguinte e complexo diagrama:

Essa luciferina chinesice, mais do que um quebra – cabeças para o contribuinte, tem esse difícil desdobramento:

a) o leitor deverá verificar, com exação, qual o tempo de contribuição. Esse tempo de contribuição deve ser multiplicado por 0.31;

b) com a apuração desse resultado, o pretendente deve somar à sua idade;

c) depois, isto é, multiplicado o tempo de contribuição X 0.31 (chama-se F (de Fernando) esse Fator Previdenciário) e somado com a idade deve ser dividido por 100 e some com 1. Esse fator F, provavelmente será conhecido como FF (fator – Fernando), é o primeiro dado.

d) em seguida, multiplique-se o tempo de contribuição por 0.31 do Fator Previdenciário, dividindo-se pela “expectativa de sobrevivência” (cruzes), conforme tabela dessa nominada “sobrevivência”. O resultado disso deverá novamente ser multiplicado pelo valor encontrado no primeiro resultado. Aí, e com isso, chegamos no Fator F (não esqueça, F de Fernando);

e) pois bem, descoberto o tal “FATOR F”, deve o mesmo ser novamente multiplicado, mas agora pela média de seus salários, após 1994, chegando-se ao quantum final.

O infeliz inapiário, ante a esses artifícios, por certo nem terá como discutir a enigmática fórmula, submetendo-se, discrionariamente, ao que lhe for predisposto pela Previdência, em mais uma afronta à dignidade e à soberania. Há, ainda, a esperança que o Judiciário, como sempre quando instado, repila mais essa injustiça.

Autor : Breno Green Koff, é professor de Direito

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