Este artigo analisa o crescimento da participação feminina no setor da advocacia, apresentando dados de pesquisas e exemplos de mulheres que estão se destacando.
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Historicamente dominada pelos homens, a advocacia agora está sendo definitivamente conquistada pelo sexo feminino. Não apenas em termos qualitativos, onde 34% dos cargos de comando nos setores jurídicos de grandes empresas são ocupados por mulheres, mas também do ponto de vista quantitativo, pois as mulheres já são 42,3% do total de advogados do Brasil e 50,5 % dos advogados com até cinco anos de formados.
Estes números constam de reportagem publicada pela revista VOCÊ S.A. (Edição 103 janeiro de 2007) que cita a pesquisa Stratégic Compensation Survey, da consultoria Watson Wyatt de São Paulo, com 134 empresas que juntas empregam cerca de 450 mil pessoas.
A reportagem menciona o exemplo de três advogadas de sucesso, mostrando que a conquista das mulheres por um espaço no mundo jurídico já é uma realidade.
A paulista Fernanda Horovitz Frankel, de 28 anos, de São Paulo, foi promovida a advogada plena do escritório Viseu Cunha e Oricchio Advogados em apenas dois anos de casa. Patrícia Godoy Oliveira, de 32 anos, é superintendente jurídica da Marítima Seguros, em uma função estratégica na empresa. E a advogada Isabel Cristina Gomes, de 43 anos, de Santo André, na grande São Paulo, é a primeira mulher a ocupar um cargo na direção da 3M do Brasil, é diretora do departamento jurídico da empresa.
O boletim informativo do TJMG – Tribunal de Justiça de Minas Gerais (ano 13, nº 116 de maio de 2007) traz uma reportagem sobre a Desembargadora Claudia Regina Guedes Maia, que foi aprovada no concurso de juízes desde 1990, e vem realizando um excelente trabalho como integrante da 13ª Câmara Cível do TJMG. Segundo a mesma, a presença da mulher tem mudado o perfil do poder judiciário, em função dela ter um enfoque diferente dos homens na solução de conflitos e na abordagem de problemas. Acrescentou que a mulher tem o hábito de ser mais organizada, e abordar as questões de forma mais parcelada, enquanto o homem tem uma visão mais prática dos problemas.
O fato é que está havendo uma valorização cada vez maior do sexo feminino no mercado de trabalho, e as advogadas estão acompanhando esta tendência. A cada ano o número de mulheres formadas em Direito que entram no mercado torna-se mais expressivo, e isto é um forte indicador de que as mulheres poderão ultrapassar em breve o número de advogados.
Em nosso trabalho de Marketing Pessoal e Marketing Jurídico, nas palestras e cursos que ministramos, e nos escritórios que visitamos, percebe-se claramente esta tendência da participação expressiva de mulheres na área jurídica.
Observa-se, também, uma acentuada motivação das mulheres em participar de treinamentos e desenvolvimento pessoal, o que certamente justifica esta ascensão feminina em cargos de destaque nos setores jurídicos.
Portanto, fica cada vez mais claro esta nova realidade no mundo da advocacia: as mulheres estão conquistando espaço e poder neste setor que antes era dominado majoritariamente por homens.
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Ari Lima (jari_limaj@yahoo.com.br)
Professor