ODILON DE OLIVEIRA
O Congresso Nacional estuda descriminalizar o uso de drogas e a posse ou plantio para consumo próprio.
1) Se esse projeto vier a ser aprovado, o Congresso Nacional estará incentivando o uso e, via de consequência, a produção e o tráfico. Essa atitude significará um induzimento oficial ao suicídio coletivo. O traficante é um genocida, que mata por atacado, sem olhar a quem. Mata nossos filhos, netos, vizinhos. Destrói lares, a juventude, esperanças, sonhos.
2) Aumentando a legião de viciados que o Brasil possui, na mesma proporção do consumo crescerá o tráfico, que, neste país, é combatido por uma polícia sem estrutura, sucateada, sem motivação.
3) Não se deve continuar aplicando o mesmo tratamento a viciados e a meros usuários. O dependente é dominado pelo vício. O mero usuário tem autonomia de vontade e alimenta conscientemente o tráfico, ajudando a crescer e a prosperar essa indústria da morte. O não viciado deve ser punido. O dependente deve ser tratado, voluntária ou compulsoriamente, e receber uma reprimenda leve, de acordo com suas condições pessoais, como prestação de serviço à comunidade, pagamento de uma multa. O que não se pode é colocar na mesma vala um e outro.
4) Além de representar uma falta de compromisso com a saúde pública, com a segurança, com as famílias, com a humanidade e com a vida, esse projeto, se aprovado for, significará mais um passo para a descriminalização do próprio tráfico. Aí, o Brasil se transformará num narcobrasil e a juventude numa massa narcodependente. Tenho pena das famílias e dos homens do amanhã.
ODILON DE OLIVEIRA
Odilon de Oliveira, nasceu em 26/02/1949, na Serra do Araripe, município de Exu, Pernambuco. Filho de pais lavradores, trabalhou na roça até os 17 anos de idade. Foi alfabetizado na roça, à noite, em sua própria casa, após ter dia inteiro de trabalho. Entrou tarde na faculdade de Direito, vindo a se formar aos 29 anos de idade. Foi Procurador Autárquico Federal, Promotor de Justiça, Juiz de Direito. É Juiz Federal desde 1987. Sempre trabalhou em fronteiras como magistrado federal, na área criminal: Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Já condenou centenas de traficantes internacionais. Atualmente, é titular da única vara especializada no processamento dos crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do Sul, com jurisdição sobre todo o Estado. Seu maior sonho é ver a juventude livre das drogas.