Imaginar como deve ser uma reunião de populistas, analfabetos funcionais, entre eles um nativo, decidindo os interesses e destinos da América ao sul do Equador, inserido na pauta, um País da envergadura do Brasil. São qualificados assim porque não existe outro adjetivo. É pura briga de vaidades. Quem será o novo Simon Bolívar?
Estão fazendo deste continente um grande teatro de arena, com cenários e textos que nem “Pasta Chuta”, o palhaço da minha infância, foi capaz de apresentar. O nosso “estadista” Lulla, que quer ter assento no Conselho de Segurança da ONU, impotente diante do “companheiro” Evo Moralles não teve outra saída a não ser cair de joelhos diante das determinações do “hermano” boliviano, discípulo do “el magnífico” Hugo Chávez, idealizador da salvadora aliança bolivariana das Américas.
A Bolívia sempre foi um País instável politicamente. Vivem no território boliviano várias etnias em constante conflito que, somadas a fragilidades das Instituições Públicas e as disputas pelo poder, fazem da Bolívia um dos mais arriscados campos para qualquer tipo de investimento estrangeiro. Mesmo dentro desse cenário, a Petrobras investiu de peito aberto mais de um bilhão e meio de dólares apostando no novo tempo da política naquele País. Nada contra a decisão dos investimentos de alto risco político pela empresa brasileira. Afinal, os lucros eram, e são ainda, consideráveis. O que não é cabível nessa história é o governo brasileiro deixar na mão de populistas inconsequentes, tipo Evo Moralles, o controle da nossa economia. É só a Bolívia fechar a torneira do gás para criar um gigantesco baque no nosso parque industrial.
É inadmissível, quase infantil, a estratégia de dar suporte energético ao funcionamento de nossas indústrias com gás boliviano sem ter outra alternativa imediata. Isto só acontece, em grande parte, porque o Brasil não tem uma política clara de desenvolvimento. Um plano de ação interna e de expansão no mercado externo. Tudo é feito de acordo com o balanço das ondas ou do plano de vôo do AF51.
As nossas exportações são desvinculadas de uma elaborada e agressiva política de crescimento no mercado internacional. Tem sua maior fonte no envio de matéria-prima e no desenvolvimento do agronegócio ao qual o governo não dá a mínima e devida atenção. Deveria ser a sua maior preocupação. Tenho para mim que o governo está, propositadamente, mantendo o real valorizado. Depois, mata vários coelhos com uma só cajadada. Um deles será, dentro de curto prazo, com efeitos em setembro. É a desvalorização do real o que vai dar fôlego a vários segmentos produtivos e exportadores da economia, com resultados no aumento de empregos pelo setor industrial e a volta do crescimento econômico no campo com as exportações. É uma estratégia meio surrealista mas perfeitamente possível. Vai criar enorme grau de satisfação e volumosa quantidade de votos.
Raphael Curvo, Advogado