“Sob a ótica de Duda, se o candidato é despreparado, como é o caso de Lula, o embuste consiste em transformar a tacanhez em grandiosidade…”
Embora Lula afirme que, ainda, não se decidiu sobre a sua reeleição, à evidência quem decidirá é o eleitor. Inicialmente, vale analisar como o cidadão Lula saiu das greves do ABC paulista, para entrar no marketing. Necessário se torna, compor peça por peça, de esquema basilar, que originou a criação do boneco Lula, por Duda Mendonça. Assim, valendo-se do usufruto da boa sigla do PT, infelizmente, Duda patenteou-a como Partido da Trapaça (PT). Como? Bem, como Lula não tivesse concluído o ensino fundamental, o marqueteiro teria que fraudar cenas na TV.
Sob a ótica de Duda, se o candidato é despreparado, como é o caso de Lula, o embuste consiste em transformar a tacanhez em grandiosidade. Numa sala repleta de escrivaninhas, Lula, circulava entre intelectuais brasileiros que “estariam esboçando soluções para a realidade nacional”. Essas celebridades foram “usadas pelo oportunismo” e rasgaram a carteirinha do PT. Bem asseverou Camila Pereira, da Veja:”o marketing, à moda Duda, produz “políticos sabão em pó”, que se liquefazem em espuma ao primeiro jato de realidade. Mais exemplos: Maluf e Pitta. Lembro-me da campanha inicial de Duda: era um bando de ratos roendo a bandeira nacional.
Traduzindo: Lula eleito, ratos banidos. Só que os ratos foram recriados e elevados à terceira potência. O escritor Abílio Leite de Barros clamou por Duda Mendonça: ”por favor, Duda, recomponha o boneco que você criou, pois, o Lula Paz e Amor está em visível decomposição (CE 08/03/05). Lamento preclaro Abílio, o Duda não poder atendê-lo, uma vez que no seu embusteiro, não existe mais peças de reposição para o presidente e, por outro lado, Duda já está a caminho do xilindró.
Diogo Mainardi, consagrado jornalista pediu “reflexão para o Lula dar exemplo e parar de beber em eventos”. De carona, Lerry Rother, correspondente no Brasil, do New York Times, transformou a notícia em manchete internacional. Lula endoidou. Determinou a expulsão do Brasil do jornalista americano. Entretanto, sua assessoria o informou de que Lerry é casado com uma brasileira, não poderia ser repelido. F… a Constituição, foi a resposta contrariada de Lula. Nessa tentativa de estupro à Carta Magna, Lula começou a perder a honorficência perante a opinião pública e, desse modo, o achincalhamento medrou a imprensa em geral.
Como exemplo, foi o “direito a resposta” do colunista Carlos Brickman: “Covarde é a sua mãe, Lula”, ofendido quando o presidente rotulou os jornalistas de covardes, por não defenderem a Lei da Mordaça à Imprensa. Sem qualquer repulsa do presidente, o senador Arthur Virgílio, achincalha Lula nos seguintes termos: “Na melhor das hipóteses, Lula, o senhor é um idiota. Na pior, o senhor é corrupto”. Fica difícil mesmo, um presidente governar nesse clima de intenso desagravo, diga-se, provocado pelo próprio beneficiário da crise.
No “Fórum de Liberdade” /2004, em Porto Alegre, o filósofo Olavo de Carvalho disparou: O Brasil é o único país do mundo onde a ignorância é fonte de autoridade intelectual, e isso refletiu na eleição de Lula”. O maior expoente da literatura brasileira, João Ubaldo Ribeiro, assim se expressa: “O brasileiro é tão subserviente que, quando alguém chama Lula de ignorante – o que é uma verdade – diz-se que o presidente está sendo desrespeitado”.
A grande e boa verdade é que o presidente enfrenta a crise com bravatas e. em momento nenhum assumiu a responsabilidade pela crise que está entranhada em seu Governo. Seus discursos já chegam a 560 e finge que não sabe de nada. Daí, Roberto Pompeu de Toledo – , ressaltar: “Lula prefere refugiar-se nas artes da levitação. Ele não governa. Prefere pairar acima, como gaivota”. Só que, conhecedora profunda das engenhocas do seu ex-PT, a senadora Heloísa Helena, não deixa por menos: “Ninguém na cúpula palaciana do PT age isoladamente na montagem dos crimes contra a administração pública. Se o Delúbio, Waldomiro e outros agiam, é porque havia autorização e leniência do presidente Lula”.
Dois fatos deplorativos ocorreram recentemente, sem que o presidente Lula reagisse à altura da sua imoralidade. Primeiro, a empresa “Gamecorp” do Lulinha (o Fábio, filho de Lula), foi injetada com R$ 5,2 milhões pela Telemar, que tem no seu capital, dinheiro público. Ao invés do Lula determinar que o Lulinha desse explicações e desfizesse a maracutaia, em tom vociferante atacou a imprensa de “golpe baixo” e de invadir a sua vida privada. É de se indagar: presidente da República tem vida privada? O segundo episódio, envolve o lobby do ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, solicitando ao presidente, a nomeação do deputado, seu amigo, Augusto Nardes, para ministro do Tribunal de Contas da União. Mesmo que o presidente do TCU, Adylson Motta, alertasse Lula de que Nardes não possuía o requisito Constitucional da reputação ilibada e idoneidade e, sobretudo, porque é processado por crime eleitoral, peculato e concussão, Lula não deu “bola” e mandou a nomeação do malfeitor para o Diário Oficial. Mesmo com essa imagem denegrativa, Lula teve o desplante de proclamar: “As elites não me farão abaixar a cabeça, avocando para si o título de cidadão mais ético do Brasil”. Está provado, sem dúvida, que Lula é associado do Clube da Improbidade.
Certamente, o leitor assombrado com a biografia presidencial, atônito há de me indagar: Quer dizer que não há nenhum diferencial no governo Lula? Há sim: O ministro Palocci. Homem tranqüilo, seguro, racional e, sobretudo, bom gestor da economia brasileira. Tanto que o ex-ministro Delfim Netto declarou: “O Palocci é pau do circo, se tirar a lona cai.
Todavia, desenvolvimento não significa apenas desenvolvimento econômico, também justiça distributiva de renda. É alarmante o empobrecimento da classe média brasileira, não só pelo confisco de R$36,9 bilhões, pela defasagem, ainda, de 61,57% da Tabela do I. Renda, como pela escassez e do custo do crédito bancário. Enquanto o custo de vida subiu 72%, nos últimos 7 anos, as despesas com saúde da classe média elevaram-se 147% e as de educação 92%. Na história da humanidade, foi a classe média que fez todas as revoluções e, foi essa classe média, que derrotou o PT, nas eleições municipais, em 2004.
J. Bandeira
Auditor fiscal da Receita Federal aposentado e ex-vereador de Campo Grande-MS