Por que o mundo é tão violento? É bom lembrar que a ética e a paz andam de braços dados…

Por que é tão difícil seguir o exemplo de Madre Tereza de Calcutá, Martin Lutter King, Dalai Lama, Jesus Cristo, Chico Xavier, Irmã Dulce, Gandhi, John Lennon, Peregrina da Paz, Betinho, dentre outros pacifistas?

João Bosco Barbosa Martins

“As guerras nascem no espírito dos homens e é nele primeiramente que devem ser erguidas as defesas da Paz”.(FREDERICO MAYOR)

A melhor definição que já li sobre ato ético foi dada por Sua Santidade o Dalai Lama, que diz que “é aquele que não prejudica a experiência ou a expectativa de felicidade de outras pessoas”.

Ao se falar em paz deve-se, primeiramente, fazer uma reflexão a respeito dessa palavra tão bonita chamada “PAZ”. O que é paz ? Paz não é a ausência de guerra! Todo o mundo fala em paz e a gente só vê no dia-a-dia um distanciamento muito grande da atitude de paz entre as pessoas. Será que estamos realmente preocupados com a cultura da paz ou é só modismo?

Por que é tão difícil seguir o exemplo de Madre Tereza de Calcutá, Martin Lutter King, Dalai Lama, Jesus Cristo, Chico Xavier, Irmã Dulce, Gandhi, Sai Baba, Dom Helder Câmara, John Lennon, Peregrina da Paz, Betinho, dentre outros pacifistas? Por que o mundo é tão violento? Por que se propaga que o mundo é dos mais espertos? Por que as pessoas estão matando umas as outras? Por que devemos levar vantagem em tudo? Por que as pessoas não aplicam o principal mandamento do Mestre Jesus Cristo: “Façam os outros o que quiserem que os outros façam a vocês?

Sabemos que a paz do mundo começa dentro da gente… Se a gente obtém a paz interior, a gente se torna mais feliz, mais amoroso, mais concentrado, com pensamentos mais saudáveis, e agimos com maior parcimônia com o nosso próximo. Assim, logo se vê que só se tem vantagem com esse tipo de comportamento.

O mundo paga, assim, um preço muito alto pelas ausências da paz e ética no seio de seu povo.

Os exemplos estão a demonstrar tal assertiva.

Segundo dados da UNESCO, existem sessenta e oito focos de guerras ativos sobre o planeta.

Os gastos efetuados para a manutenção desses conflitos seria suficiente para erradicar a fome e a miséria de nosso planeta em pelo menos dez vezes. Desde o início da vida humana no planeta não tivemos sequer sessenta minutos de plena paz no planeta. Tivemos no século XX a soma de mais de quinze mil guerras, perpetradas por todos os povos. Esses são dados colhidos da declaração do coordenador do Movimento Paz pela Paz e Não-Violência, Professor Clóvis Nunes. Acrescentem-se, ainda, ao trabalho desse profissional algumas informações importantes e dignas de reflexão. Vejamos só: observando os altos índices de violência, degradações e crueldades que não param de crescer, se faz necessário conhecer a causa desses fenômenos em suas nascentes; mais ainda, é preciso compreender e explicar como o ser humano pôde ir tão longe, a ponto de colocar em risco sua sobrevivência e a do planeta em que vive. Precisamos desenrolar os emaranhados das fontes geradoras de violência, a fim de sabermos como despertar as fontes geradoras de paz.

Ao explicar o império da violência no mundo, o estudioso da paz assevera que esse império se organizou nos seus diversos segmentos: drogas, terrorismo, prostituição infantil, crime organizado, guerras, abortos criminosos, destruição do meio ambiente, etc. Coloca ainda que: entretanto, apesar de os homens de bem, incluindo aí os pacifistas, terem empreendido intrépidos esforços na construção da paz, e do inestimável legado de contribuições a favor da pacificação, ainda não se tornou possível a implantação da organização da paz no planeta. Contudo, não se desconhece a existência de numerosos movimentos e organizações pela paz, todavia, todos eles, atualmente, encontram-se separados, fragmentados em seus próprios segmentos, como se fossem diversas “ilhas” de paz. Este projeto se propõe a organizar um Movimento Pela Paz e Não-Violência, que alcance toda a sociedade brasileira, bem como organizações internacionais, tornando-se um grande rio, que se interligue com todas estas “ilhas” de paz, atraindo assim, também, inúmeras pessoas da comunidade civil, que, de maneira organizada, se arregimentarão na implantação de uma cultura de paz, empreendendo ações práticas que venham estabelecer a construção da paz.

O mundo atingiu altos índices de evolução tecnológica, houve a conquista do espaço, conseguimos comprar produtos através de e-mail, temos, atualmente, o mundo numa tela plana de um computador através da Internet, fizemos a povoação do mundo com seis bilhões de habitantes, mas, em contrapartida, dois terços da população mundial vivem em condições de pobreza absoluta e cerca de dezessete por cento desse contigente passa fome. Esses são dados concretos que demonstram a total incompetência da paz social no planeta Terra.

O Movimento Paz Pela Paz reflexiona, ainda, que o homem vem destruindo as matas, extinguindo diversas espécies vegetais e animais, secando rios e lagos. Cada vez mais, a camada de ozônio vem sendo atingida. Há o depósito anual de cerca de seis bilhões de toneladas de dióxido de carbono e de outros gases que provocam o “efeito estufa”, provocando alterações climáticas de conseqüências imprevisíveis para os seres humanos. Esses gases levarão pelo menos setenta anos para se dissiparem na atmosfera. Esses são dados concretos que demonstram a ausência de paz ambiental.

Para respaldar mais a importância do meio ambiente para a conservação da própria humanidade, temos a expansão do estudo da Bioética e do Biodireito.

No Brasil, temos a Lei nº 6.938/81 – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – que regulamenta o dano ambiental, cujo art. 14, § 1º, disciplina que:

“o poluidor é obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade”.

A Constituição Federal, no art. 225, caput, reza, in verbis:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

O Professor da Pós-Graduação da UFPE Andreas Joachim Krell, no trabalho intitulado “Concretização do Dano Ambiental – Algumas Objeções à Teoria do “Risco Integral” assevera que no sistema jurídico nacional podemos identificar uma “bifurcação” do dano ambiental: num lado, o dano público contra o meio ambiente, que é “bem de uso comum do povo” (Art. 225, CF), de natureza difusa, atingindo um número indefinido de pessoas, sempre devendo ser cobrado por Ação Civil Pública ou Ação Popular e sendo a indenização destinada a um fundo; no outro lado, o dano ambiental provado, que dá ensejo à indenização dirigida à recomposição do patrimônio individual das vítimas.

Segundo a opinião do Doutorando em Direito pela PUC/SP Professor Lucas Abreu Barroso, a Bioética e o Biodireito desempenharão, em questões de indiscutível relevância para a sociedade do terceiro milênio, como a que ora se planta para efeito de debate, papel fundamental, haja vista que transcendem a visão tradicional da Ética e do Direito, acrescentando-lhes o elemento vida como eixo central das investigações científicas a serem realizadas.

Infelizmente, a maioria da população não se dá conta de que é responsável pelo quadro negro retratado, pois é na omissão das pessoas boas que o mal prolifera na sociedade. Aliás, o Código Penal – Decreto-Lei nº 2.840, de 7 de novembro de 1940 – em seu artigo 13, ao falar da relação de causalidade do crime, relaciona a omissão como uma forma de crime. O artigo menciona: o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem, lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (grifo nosso).

Lamentavelmente, o dia 11 de setembro de 2001 entrou para a história do mundo… O mundo não será mais o mesmo depois desse fatídico dia… Vários inocentes foram brutalmente exterminados por uma ação terrorista no “Cartão Postal” de Nova York: torres gêmeas do sul de Manhattan. A fortaleza do Pentágono, na capital da maior potência econômica do mundo, é vulnerável… Como ficará a capital mundial do turismo após os ataques do World Trade Center?

E agora o que vai ser do mundo? Teremos uma terceira guerra mundial? Qual será a reação dos USA? O Brasil corre algum risco com alguma ação terrorista?

Temos, por outro lado, uma pesquisa feita pela Revista Newsweek, com 1.001 entrevistados, nos dois dias posteriores à invasão terrorista, mostra uma realidade assustadora: três entre quatro dos norte-americanos desejam que o seu país ataque militarmente as bases terroristas e os países que as apóiam, mesmo que pessoas inocentes sejam assassinadas. Paz não é a ausência de guerra.

O Presidente norte-americano, George Bush, já declarou para o mundo inteiro: “Estamos em guerra contra os responsáveis pelos ataques de terror em Nova York e Washington”. Aliás e infelizmente “guerra” foi a palavra de ordem no século passado…

Para muitos o resultado da pesquisa não é surpresa, pois os americanos crêem que a saída para a maioria dos conflitos é a violência estampada em suas diversas facetas. Usar o seu poder econômico para explorar os demais países é uma das maiores formas de violência.

Para o Professor da Faculdade de Direito de Joinville – SC, Roberto J.. Pugliese, no artigo “O DIA DA PAZ”, o mundo globalizado faz com que sobrevivam bilhões de famintos, submetidos à farsa imposta por interesses de grupos transnacionais, travestidos pelo regime neoliberal que os legitima perante a opinião pública.

É assustador ver o século XXI começando com uma ação de violência com proporções de um filme de ficção que todos já estão acostumados a ver nas telas dos cinemas de todo o mundo, enriquecendo cada vez mais os cofres dos grandes grupos econômicos do mundo: outra forma de domínio.

O século XX nos trouxe a triste marca de ter sido o mais sangrento de toda a história da humanidade. Foi o século em que foram mortos mais seres humanos, como o caso recente nos EUA, em que a maioria das pessoas mortas eram inocentes.

A realidade explanada fez com que as principais nações do mundo se armassem até os dentes, construindo um arsenal composto de armas nucleares, armas químicas e até armas biológicas. Em conseqüência, a indústria bélica passou a ser a maior potência econômica do mundo, assevera o coordenador do movimento pela paz no nosso país.

A resposta ideal para todas essas perguntas é a implantação da cultura da paz na humanidade! A saída é o resgate da ética entre os povos! O sonho seria colocar em prática os ensinamentos do ganhador do Prêmio Nobel da Paz Tensin Gyatso, Sua Santidade Dali Lama.

O sonho de mudar a realidade apresentada existe… O caminho é grande… Fazer paz não é fácil… Necessitamos arregaçar as mangas e partir para ações concretas… Chega de desculpas! Precisamos dar a nossa pequena cota de colaboração…

Poderemos aplicar a lição do beija-flor que pretende acabar com o incêndio da floresta. Poderemos começar a varrer a frente de nossa casa e a partir daí a nossa cidade ficará limpa. Sonhar é preciso! É preciso sonhar!

Poderemos fazer a diferença… Por sinal vou aproveitar para relembrar a história da menininha que jogava estrelas-do-mar de volta ao mar, qual seja:

Era uma vez um local onde uma grande tempestade jogou na areia ardente milhares de estrelas-do-mar. Sem alguma ajuda, elas jamais poderiam alcançar o mar novamente. Uma menininha, então, ficou lá na praia pegando uma a uma e jogando bem longe, no mar. Um senhor se aproximou, e comentou:
– “Você acha que vai fazer a diferença?”
Ao que a menininha respondeu, atirando mais longe ainda a estrela-do-mar que estava em sua mão:
– “Para esta, pelos menos, eu fiz!”

Moral da história: quando fazemos a nossa parte, reconhecemos a dignidade de sermos cooperativos e a contribuição que termos para dar, nosso poder pessoal transforma em serviço para o bem de todos à nossa volta, lição do engenheiro Evandro Novaes da Mota, preparador mental da seleção brasileira de futebol tetracampeã do mundo em 1994

Que tal começarmos a tomar algumas atitudes mais pacíficas? Poderemos começar a pensar em tratar uma pessoa estranha com gentileza e respeito. Com certeza essa pessoa começará a nos tratar com simpatia e gentileza e até vai nos estender a mão. Poderemos começar a reservar para a gente um momento do dia para fazermos uma reflexão sobre o nosso papel como ser humano nessa vida. O caminho pode ser a gente escolher um tempo no dia para ficar sozinho para trabalhar as nossas emoções ou simplesmente para a gente usufruir de um momento de tranqüilidade pessoal.

Que tal a gente começar a aplicar os ensinamentos do autor Stemphen Levine, que diz: “Se você tivesse uma hora para viver e pudesse dar um único telefonema, para quem você ligaria, o que diria, e o que você está esperando?”.

Que tal a gente reflexionar sobre a vida da Peregrina da Paz, modelo de ação compassiva. Essa mulher percorreu os Estados Unidos sete vezes. Andou em torno de quarenta mil quilômetros, entre os anos de 1953 a 1981. Andava sem dinheiro, somente portando uma escova de dente e um pente como seus pertences. Ela fez um voto de se tornar andarilha até que a humanidade aprendesse o caminho da paz. A Peregrina da Paz defendia que o caminho da paz começa quando o ser humano atinge a paz interior e quando se põe aquilo que se aprende a serviço da ação compassiva.

Que tal a gente começar a aplicar os ensinamentos do Dalai Lama, símbolo atual do espírito da paz no mundo, que argumenta que as pessoas não precisam de religiões, mas sim de uma espiritualidade verdadeira, ética, que saia do coração. O ser humano precisa acreditar na sua essência, precisa ter fé na humanidade, precisa cuidar do planeta com carinho.

“Quanto mais coisas vejo no mundo, mais claro fica para mim que, sejamos ricos ou pobres, instruídos ou não, todos desejamos ser felizes e evitar o sofrimento. Constato, de modo geral, que as pessoas cuja conduta é eticamente positiva são mais felizes e satisfeitas do que aquelas que se descuidam da ética. O que tento mostrar no significado da expressão conduta ética positiva uma revolução se faz necessária, mas não uma revolução política ou econômica, ou mesmo tecnológica. O que proponho é uma revolução espiritual”. Essas são palavras do Dalai Lama.

Que tal a gente refletir sobre a mensagem do Dalai Lama acerca do dia 11 de setembro, qual seja:

“Queridos amigos de todo o mundo,

Os acontecimentos deste dia fazem cada um de nós parar nas suas atividades diárias, seja lá o que façamos, e começar a pensar sobre as coisas importantes da vida.
Procuramos não apenas o significado da vida mas também o significado de nossas experiências individuais e coletivas.
Repensar sobre as alternativas que temos para nos recriarmos como espécie humana e não haver chance de nos tratarmos dessa maneira novamente.
Chegou a hora de demonstrarmos de maneira inequívoca o que pensamos sobre “QUEM REALMENTE SOMOS”.
Há duas possibilidades de resposta hoje.
A primeira vem do AMOR e a segunda do MEDO.
Se respondemos pelo medo, entramos em pânico e agimos como indivíduos ou nações de uma maneira que as conseqüências só levam a mais danos.
Se respondemos pelo amor, encontramos abrigo e força e podemos apoiar outros a sentirem o mesmo.
Este é o tempo do ensinamento.
O que você ensinar neste momento em cada palavra e ato ficarão como lições eternas nos corações e mentes daqueles que têm suas vidas atingidas.
São lições para hoje e para sempre.
Decidimos o amanhã, hoje.
Nesta hora, neste momento.
Vamos atingir não os efeitos mas as causas.
A menos que paremos para pensar nas causas desta experiência nunca nos livraremos da experiência que criamos .
Ao contrário, viveremos em eterno medo da retribuição que ela possa gerar.
Para nós as razões são claras.
Não aprendemos as lições e verdades humanas mais básicas.
Não compreendemos a sabedoria espiritual mais básica.
Em resumo, nós não ouvimos ao Divino, e por conta disso, nós nos olhamos como não divinos.
A mensagem que ouvimos de todas as fontes de verdade é clara.
É a mensagem que a humanidade vem negando.
Esquecer esta mensagem é a única causa de todos os males e guerras.
A maneira de lembrá-la é simples: AMOR, AQUI E A TODO O MOMENTO.
Se podemos amar mesmo aqueles que nos atacam e tentamos compreender o porque, como poderíamos reagir?
Se respondemos negatividade com negatividade, ódio com ódio, ataque com ataque, qual então poderá ser o resultado?
Estas são as questões que estão colocadas para a humanidade agora.
Estas são as questões que temos falhado em responder por milênios.
Falhar na resposta agora pode significar que não teremos necessidade de
respondê-la mais.
Se queremos a beleza neste mundo, nós todos temos que criá-la e que nossos filhos e filhos dos nossos filhos possam experienciá-la.
Temos que nos tornar ativistas espirituais aqui e agora.
Temos que nos tornar responsáveis por isso.
Então fale com o seu Deus hoje, peça ajuda, conselho, orientação.
Para uma inspiração e força para sua paz e sabedoria interiores.
Peça ajuda para nos orientar em como podemos fazer o mundo mudar de direção e transformar-se.
E una-se a todas as pessoas do mundo que estão neste momento orando, colocando Luz na Luz que dispersa todo o medo.
Este é o desafio que está em frente a cada um de nós agora.
Hoje cada alma pergunta: o que posso fazer para preservar a beleza e eliminar o ódio neste pequeno pedaço do mundo que eu ocupo?
Por favor procure esta resposta hoje com toda a magnificência que é o teu ser.
O que você pode fazer neste exato momento.
Um ensinamento básico em toda tradição espiritual é: aquilo que você deseja experienciar proporcione aos outros.
Se você quer paz, proporcione paz para o outro.
Se você deseja segurança, proporcione segurança para o outro.
Se você deseja compreender mesmo aquilo mais incompreensível, ajude os outros a compreenderem.
Se você deseja curar sua dor e sua raiva, procure curar a dor e a raiva do outro.
Estes outros estão esperando por você agora.
Todos estão esperando pela sua orientação, ajuda, coragem, força e compreensão.
Todos estão esperando por amor”.

* João Bosco Barbosa Martins é Auditor-Fiscal da Receita Federal, parecerista do Escritório de Corregedoria-Geral da Secretaria da Receita Federal em Recife – PE, pós-graduando em Direito Administrativo da Faculdade de Direito de Recife da UFPE e voluntário do “Movimento Paz pela Paz e Não-Violência”, em Recife – PE.

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