O advogado Riad Emílio Saddi conseguiu na Justiça liberdade provisória para o estudante Andreo Lincon Ferreira da Costa, 20 anos. Ele disse que o cliente continua no hospital onde estava internado depois de ser atingido por um tiro de raspão no tórax.
O disparo que feriu o acadêmico foi feito por pelo investigador do Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros), José Ângelo de Souza Filho, que foi atropelado e arrastado pela caminhonete dirigida pelo estudante do quarto ano do curso de engenharia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Riad afirma que a Justiça concedeu a liberdade provisória porque Andreo tem residência fixa, bons antecedentes e é réu primário.
No entanto, a Polícia afirmou que Andreo tem antecedentes criminais por lesão corporal e injúria.
Riad disse desconhecer este histórico do cliente e garante que não tem condenação.
Ainda conforme o advogado, foi o policial que estava na mesma festa que Andreo o responsável pela confusão porque agrediu o rapaz.
José Ângelo foi atropelado e arrastado pela caminhonete dirigida pelo estudante do quarto ano do curso de engenharia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
A versão do policial foi confirmada por testemunhas. Andreo estava em uma festa perto da universidade e, desde lá, criou tumultos. Ele alegou que conversava com uma moça quando participantes da festa começaram a agredi-lo. Nem o amigo que estava com ele confirma a história. Ouvido como testemunha, o amigo disse que ele se envolveu em uma briga e, por este motivo, decidiram sair da festa.
Os dois foram para a caminhonete de Andreo, no entanto, o amigo dele foi segurado por um policial militar que fazia o mesmo curso e estava na festa.
Andreo saiu com o veículo e, ao chegar no cruzamento das Avenidas Manoel da Costa Lima e Costa e Silva se deparou com congestionamento devido à saída de veículos do evento que acontecia no estádio Morenão.
O policial estava de carro no local porque havia ido buscar a filha, que estava no evento. Andreo começou dirigir o carro para frente e para trás. Ele bateu a caminhonete em pelo menos cinco veículos.
Quando viu a confusão, o investigador saiu do carro armado e com a carteira funcional na mão. Ele se identificou como policial mandou que descesse da caminhonete, no entanto, o estudante desobedeceu a ordem e “jogou” a caminhonete para cima do policial.
Foi neste momento que Andreo atirou e a bala acertou de raspão o tórax do estudante.
Depois da confusão, Andreo fugiu na caminhonete e testemunhas anotaram a placa do veículo. Ele chegou a dar entrada na Santa Casa de Campo Grande e saiu antes mesmo de receber o diagnóstico médico.
Andreo foi preso em casa, na Vila Carlota. Ele acabou autuado em flagrante pela tentativa de homicídio contra o policial, além do crime de dano contra os motoristas que tiveram os carros atingidos, porque fugiu do local do acidente, dirigir a caminhonete sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e porte de droga porque havia haxixe no veículo.