Afastado, Protógenes acusa PF de perseguição

Delegado diz que afastamento é resultado de investigação contra Dantas. Protógenes negou participação em campanha eleitoral.

O delegado afastado da Polícia Federal Protógenes Queiroz acusou nesta quarta-feira (15) a instituição de persegui-lo. Afirmou que seu afastamento, oficializado no dia 9, é resultado de ter “ousado” investigar o banqueiro Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha. Protógenes se reuniu com parlamentares no Congresso Nacional nesta quarta.

“Isso (o afastamento) é a consequência de quem investiga o banqueiro condenado Daniel Dantas que possui tentáculos estendidos por todo o aparelho estatal. Estou tendo um tratamento jamais visto. Quero que alguém me aponte alguém perseguido diariamente com atos como este”, afirmou o delegado. A Polícia Federal disse que não vai comentar as declarações.

Afirmando que “coincidências não existem”, ele relatou o seu indiciamento pela Polícia Federal na semana anterior ao julgamento de um hábeas corpus da defesa de Dantas que pedia a nulidade da Satiagraha. Destacou também o fato de seu afastamento da PF ter acontecido logo após o último depoimento na CPI dos Grampos na Câmara.

Campanha

Protógenes ressaltou ainda que o prazo para o término do processo administrativo contra ele por supostamente ter participado de campanha eleitoral -o que teria motivado o afastamento- acaba em 8 de julho, data de um ano da deflagração da Operação Satiagraha.

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