O BTG Pactual vai investir R$ 150 milhões para ingressar no mercado de seguros. O pedido para constituir uma seguradora, com capital social de R$ 50 milhões, e uma resseguradora local (com sede no Brasil), com capital de R$ 100 milhões, já está nas mãos da Superintendência de Seguros Privados (Susep). As informações constam do documento enviado pelo banco ao órgão regulador e obtido com exclusividade pela Agência Estado.
O capital social da seguradora e da resseguradora do BTG é superior à exigência mínima da Susep, de R$ 15 milhões e R$ 60 milhões, respectivamente. A seguradora que o BTG Pactual pretende criar deve operar em todo os ramos, tanto nos seguros de pessoas como também garantindo riscos patrimoniais. Já a resseguradora vai atuar em operações de resseguro (seguro das seguradoras) e de retrocessão (redistribuição do risco com outros resseguradores).
As duas operações serão comandadas por André Marino Gregori, ex-presidente da Fator Seguradora, especializada em seguros de garantia, conforme o documento enviado à Susep. Assim como criou do zero a seguradora no Fator, em 2008, o executivo fará o mesmo no BTG.
A estreia do BTG Pactual no mercado de seguros ainda não tem data marcada. O prazo médio de análise da Susep é de cerca de 60 dias.
O ingresso do banco no mercado de seguros, segundo uma fonte, que prefere não se identificar, é sustentado pelo seu interesse em disputar os grandes contratos de infraestrutura gerados por conta da Copa de 2014, da Olimpíada de 2016 e das obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).