O Ministério Público de São Paulo protocolou na tarde desta segunda-feira (16/6) recurso contra a decisão que colocou em liberdade Anderson Marcos Batista, Conceição Eletério, Éverson dos Santos Guimarães e Evandro dos Santos Guimarães, acusados de formação de quadrilha e crime de extorsão praticada contra o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Menor em São Paulo.
Ainda que a Justiça de primeira instância tenha absolvido o grupo por falta de provas, os promotores do caso, Fábio José Bueno e Luiz Antonio de Oliveira Nusdeo, sustentam no recurso que existe comprovação da prática reiterada de crime de extorsão contra o religioso. O processo tramita em segredo de Justiça.
Histórico
Em agosto de 2007, o padre Júlio Lancelotti disse que era ameaçado pelo grupo. Ele afirmou que, caso não desse o dinheiro exigido pelos acusados, seria feita uma falsa denúncia de pedofilia contra ele.
Ao depor na Polícia, Anderson Batista negou o crime e disse que mantinha relações sexuais com o religioso, que ainda lhe dava dinheiro espontaneamente. O advogado de Batista, Nelson Bernardo da Costa, afirmou que o religioso havia dado mais de R$ 600 mil a seu cliente.
Revista Consultor Jurídico