Na tarde do último domingo (14/07) condenado foragido foi preso com auxílio da juíza que o condenou pelo crime de estupro. O réu teve a infeliz coincidência de embarcar no mesmo voo da magistrada que partiu de São Paulo para Santa Catarina.
Caso – Empresário foi denunciado e condenado pelo crime de estupro de vulnerável. A vítima no caso foi sua própria filha, que na época tinha apenas quatro anos de idade.
A juíza prolatora da sentença, Sônia Maria Mazzeto Moroso Terres, titular da Primeira Vara Criminal de Itajaí (SC) condenou o réu a 10 anos de prisão pelo crime, entretanto, o empresário ficou foragido desde 2008.
Prisão – Ao embarcar no voo de São Paulo até o aeroporto de Navegantes, a magistrada se deparou com o empresário sentado a poucos assentos do seu, e entrou em contato com a Delegacia de Polícia de Navegantes, que enviou uma equipe de policiais ao aeroporto catarinense.
No desembarque, o condenado foi preso e conduzido ao Complexo Penitenciário de Canhanduba, em Itajaí (SC) para cumprir sua pena.
A magistrada afirmou que havia feito pedido aos policiais de Itajaí para que se dedicassem ao cumprimento dos mandados de prisão abertos, especialmente em relação a abusadores de crianças e questionou, ao lembrar dos avanços atuais da informática: “como um sistema permite que um condenado transite normalmente, em excelentes condições, pelo país, sem que o mandado de prisão contra ele seja cumprido?”.
“Há falhas inadmissíveis, até porque o cidadão viaja com o seu próprio nome e não deveria ser difícil interligar tais sistemas”, criticou a julgadora.