Os oito controladores do Cindacta-4 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo) acusados de promover o motim que interrompeu o tráfego aéreo do país em 30 de março de 2007 foram condenados nesta quinta-feira pela Justiça Militar, em Manaus. Segundo reportagem publicada na Folha, as penas variam de dois meses a dois anos e dois meses de prisão, além da perda dos cargos.
Os militares foram condenados pelos crimes de publicação ou crítica indevida, desrespeito a superior e incitamento à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar, previstos no Código Penal Militar. Eles poderão recorrer da decisão em liberdade.
Entre os condenados estão os sargentos Rivelino Paiva –único que não perdeu o cargo–, Lisandro Koyama, Alex Gonçalves Sá, Daniel Tavares de Lima, Walber Sousa Oliveira, Wilson Aragão, Wendelson Pereira Pessoa e Michael Rodrigues. Eles negam os crimes.
Crise aérea
Desencadeada em setembro de 2006 com a queda do Boeing da Gol, no Pará, a crise no setor aéreo teve seu ápice em 2007. O acidente deixou 154 mortos depois que um jato Legacy de uma empresa dos EUA bateu no avião da Gol, que seguia de Manaus (AM) para o Rio.
Além do acidente com o Airbus da TAM, que ontem completou um ano, houve paralisações de controladores no setor contra sobrecarga de trabalho e problemas nos equipamentos dos Cindactas. No acidente, em Congonhas, 199 pessoas morreram.
O Ministério Público Militar denunciou os oito controladores do Cindacta-4. Em 14 de agosto, sete foram presos e soltos dois meses depois.
Fonte: Folha Online