CPI da Petrobras domina debates no Senado

Líderes tem até terça-feira (26) para indicar representantes.
Disputa pode ter reflexos em votações no plenário.

A CPI da Petrobras continuará no centro dos debates do Senado na semana. Termina nesta terça-feira (26) o prazo para que os líderes partidários indiquem os seus representantes na investigação. Enquanto escolhem os seus representantes, os partidos buscam ainda um acordo sobre os cargos de comando da CPI, presidência e relatoria. O impasse pode ter reflexos também em plenário, onde Medidas Provisórias aguardam avaliação dos senadores e correm o risco de perder a validade.

Até agora, nenhum partido oficializou indicação para a comissão, apesar de algumas legendas já terem anunciado os nomes que farão parte da investigação. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), aguarda uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de fazer suas três indicações de titulares na CPI, o que acabou influindo nas escolhas dos outros partidos.

O prazo para as indicações se encerra na terça-feira. Caso algum partido não tenha escolhido seus representantes, caberá ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), concluir a composição da CPI até sexta-feira (29).

As indicações estão congeladas devido à disputa pelo comando das investigações. A oposição quer presidir a CPI, enquanto alguns aliados defendem que o governo exerça sua maioria de oito titulares contra três da oposição e fique com as duas funções de comando. O impasse acontece até dentro da oposição, que tem dois candidatos a presidente, Álvaro Dias (PSDB-PR) e ACM Júnior (DEM-BA).

A guerra nos bastidores pode ter uma séria interferência no plenário da Casa. Sete medidas provisórias trancam a pauta e cinco delas perdem a validade se não forem votadas até a próxima segunda-feira (01/06). Entre as MPs estão projetos prioritários para o governo, como o que dá crédito para o Fundo Soberano e o reajuste do salário mínimo concedido em fevereiro.

Câmara

Na Câmara, duas Medidas Provisórias trancam a pauta, mas a nova interpretação para o trancamento feita pelo presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), pode permitir que na quarta-feira (27) seja realizado um “teste” para a votação da reforma política.

Líderes partidários que defendem a adoção da lista fechada para as eleições proporcionais (deputados e vereadores) e o financiamento público exclusivo de campanhas apresentarão um requerimento de urgência que deve ser votado neste dia. Caso seja aprovado, abre-se espaço para a votação da reforma política.

A proposta, no entanto, encontra forte resistência em alguns partidos. PR, PTB, PP, PSB e PDT já têm posição partidária contra a lista fechada, enquanto PT e DEM aparecem como os principais defensores da proposta.

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