O ministro Celso de Mello (foto), do Supremo Tribunal Federal, arquivou a investigação que respondia o senador Tião Viana a (PT-AC) por crime de desobediência. O senador, quando vice-presidente do Senado, impediu deputados federais de assistirem à sessão secreta da casa que absolveu o senador Renan Calheiros de cassação por quebra de decoro parlamentar. Calheiros foi acusado de usar recursos da empreiteira Mendes Júnior para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem teve uma filha fora do casamento.
O STF havia concedido liminar a 13 deputados federais — no julgamento do Mandado de Segurança 26.900 — para assistir à sessão do Senado, prevista para ser secreta de acordo com o regimento interno da casa. Mas a polícia legislativa impediu a entrada dos deputados alegando ter recebido ordens de Tião Viana.
O procedimento penal por desobediência ao STF foi proposto pelo Ministério Público Federal, mas o próprio MPF pediu o arquivamento da ação depois que ouviu as testemunhas do caso. Celso de Mello acolheu o pedido, determinando, porém, que os demais acusados que integram a polícia legislativa do Senado fossem investigados pela 10ª Vara Criminal Federal do Distrito Federal.