A agilidade em transcrever a íntegra dos depoimentos por meios tecnológicos está possibilitando adiantar pautas judiciais previstas para 2009. A receita é simples: o juiz não perde tempo “reduzindo a termo os depoimentos” e assim consegue aumentar a quantidade de pessoas ouvidas diariamente. Desde a implantação, em 15 de julho de 2007, mais de 12,5 mil depoimentos já foram transcritos.
Em uma avaliação simples, o Diretor de Marketing da empresa Steno Brasil, Dr. Wagner Medici, afirma que com a estenotipia, enquanto a redução a termo, em uma hora, gera três laudas, com a estenotipia, em 20 minutos se transcreve até 12 laudas de tudo aquilo que é falado.
O juiz grava toda a audiência. No final da tarde transfere os arquivos em áudio pela internet para a Steno do Brasil, com segurança garantida por senha criptografada, e em um prazo de até 72 horas, a empresa disponibiliza o conteúdo em forma de texto para ser colocada no processo. Na audiência, o depoente assina um termo que dá legitimidade ao documento a ser transcrito. Em caso de réu preso, a transcrição é realizada em tempo real.
A equipe da Steno do Brasil (Presidente da Steno Services Wolrdwide, Inc, Randall A. Czerenda, Dr. Wagner e Dr. Arnaldo Toledo), visitou o Tribunal de Justiça e o Fórum de Campo Grande. No TJ foram recebidos pelo Presidente, Des. João Carlos Brandes Garcia, que destacou a estenotipia como uma novidade de grande importância para a justiça. O Presidente da Steno, Dr. Randall, falou das experiências em outros países e destacou o pioneirismo de MS na implantação do sistema. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul servirá de parâmetro para outros estados, segundo informou Dr. Randall.
Inicialmente o sistema foi implantado em sete varas, incluindo Ponta Porã, Três Lagoas, Cassilândia e algumas varas de Campo Grande. Era um projeto piloto, que não precisou de 60 dias para demonstrar agilidade. Agora o sistema pode chegar a 50 comarcas, considerando que as horas contratadas já começam a sobrar, o que vai possibilitar a ampliação do serviço. Para o juiz da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, Luiz Carlos de Souza Ataíde, com a utilização da estenotipia é possível ouvir um número maior de pessoas envolvidas nos processos. “Com a estenotipia conseguimos adiantar a pauta de julgamentos e disponho de mais tempo para outras atividades necessárias para a condução dos processos”, destacou o juiz
Fonte: www.tjms.jus.br