Ex-jogador acusado de matar ex-mulher em São Paulo vai a júri popular

A Justiça de São Paulo decidiu mandar o ex-jogador de futebol Janken Ferraz Evangelista a júri popular. Ele é acusado de matar a ex-mulher Ana Cláudia Melo e fugir com o filho do casal em março na zona sul de São Paulo.

A sentença foi emitida na madrugada desta sexta-feira, ao fim de uma audiência no Fórum Criminal da Barra Funda. Ao todo, 12 testemunhas foram ouvidas. Janken também foi ouvido, mas não respondeu a nenhuma pergunta da acusação. A defesa vai recorrer junto ao Tribunal de Justiça. O ex-jogador responde pelas acusações de homicídio, subtração de incapaz e furto,

A acusação quer que a mãe dele também seja processada como coautora do assassinato. Para a acusação, Dermivalda Ferraz, mãe de Janken, teria incentivado o ex-jogador a cometer o crime para que ficasse com o filho. Se condenado, Janken pode pegar até 24 anos de prisão.

Janken Ferraz saiu, na manhã desta quinta-feira, do Centro de Detenção Provisória da Vila Prudente, na zona leste da capital, para a primeira audiência do processo. Vinte e três testemunhas foram convocadas para a audiência no 1º Tribunal do Júri. O nome do goleiro do Santos, Fábio Costa, estava na lista. Mas o Ministério Público dispensou o depoimento do jogador, já que a vítima não tinha relacionamento com ele.

Durante a tarde, Janken acompanhou cada depoimento sobre o crime que ele já confessou. Em março, ele matou a ex-namorada com 21 facadas. Depois trocou de camisa, pegou o filho do casal e fugiu do prédio onde ocorreu o crime. Na porta do fórum, defesa e acusação ensaiaram um debate. O advogado de Janken se baseou na reconstituição, feita duas semanas atrás, para dizer que o ex-jogador agiu em legítima defesa, por desespero.

– Ela (Ana Cláudia) pegou a faca, não ele. Quando a pessoa tem uma faca indo para o pescoço, o cérebro se concentra na autodefesa – diz Mauro Nacif, advogado de defesa.

A acusação trouxe para a audiência uma posição polêmica. Ela pediu que a Justiça convocasse o centroavante Ronaldo, do Corinthians, como testemunha.

– Para mostrar que o Janken que aproximou, que apresentou, a vítima Ana Cláudia ao Ronaldo. Estava premeditando aquele crime. Ele estava montando todo um cenário de bonzinho e depois ceifou covardemente a vida da vítima – diz José Beraldo, assistente de acusação.

Os promotores também dispensaram a convocação do jogador.

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