O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco – Campinas e São Paulo), em atuação conjunta com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de São Paulo, cumpriu sete de 13 mandados de prisão temporária expedidos contra policiais civis acusados de envolvimento com quadrilhas de tráfico de drogas.
Cinco policiais presos atuam ou já atuaram no Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico da Polícia Civil da cidade de São Paulo (Denarc) – os outros dois atuavam em Campinas. Os cinco policiais que não foram presos são considerados foragidos da Justiça.
Caso – Informações do MP/SP explanam que, além dos mandados de prisão, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas e São Paulo. As investigações conduzidas pelo Gaeco, iniciadas em outubro passado, apuram o envolvimento dos policiais com traficantes de drogas e à facção criminosa PCC.
Dentre outras acusações, os policiais civis são investigados pelas supostas práticas dos crimes de corrupção, formação de quadrilha armada, tortura, extorsão mediante sequestro e roubo.
O Gaeco apurou a existência de indícios que os policiais teriam vazado informações sobre investigações promovidas pela Polícia Civil aos criminosos. Os policiais também são acusados de constranger testemunhar, forjar provas e cobrança de propinas (extorsão) aos traficantes que deveriam investigar – as propinas atingiriam, aproximadamente, R$ 300 mil por ano.
Condutas – Após as prisões, os promotores de Justiça que integram o Gaeco acreditam que poderão esclarecer a responsabilidade de cada um dos policiais investigados, individualizando a conduta e o grau de participação de cada um nos crimes que são apurados.
O MP/SP informou que as investigações prosseguem, especialmente em razão da suspeita de envolvimento de outros policiais civis nas práticas criminosas.
Reestruturação – A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo já informou que promoverá uma reestruturação no órgão. A Corregedoria da Polícia Civil, por sua vez, anunciou a abertura de procedimentos administrativos em face dos policiais que foram presos e são investigados.