Após oito anos de existência da iTunes Store, loja virtual da Apple para venda de músicas, o Google decidiu enfrentar o desafio de vender música on-line. E anunciou na última semana a abertura do Google Music, ferramenta para compra e armazenamento de músicas na nuvem.
O serviço está disponível apenas nos EUA, e não há previsão de lançamento no Brasil. Por aqui, só é possível usá-lo alterando o IP do computador –há programas na internet que fazem isso, como o OpenVPN
O Google Music funciona como uma página simples no navegador e tem integração fácil com aparelhos com Android. A venda de músicas é feita pelo Android Market.
Apesar da presença de três grandes gravadoras (EMI, Sony e Universal) e de 23 selos independentes, a discoteca de vendas do Google ficou sem a gigante Warner.
Nos números, a diferença é sensível: enquanto a iTunes Store oferece 20 milhões de músicas para venda, o Google Music tem 13 milhões. O preço das canções varia de US$ 0,69 a US$ 1,29. Na iTunes Store, começa em US$ 0,59 e chega a US$ 1,39.
Porém, para os brasileiros, comprar músicas no Google Music é uma tarefa árdua. É preciso ter um cartão de crédito expedido nos EUA.
Por isso, a ferramenta mais interessante do serviço no país é a gratuidade da nuvem do gigante das buscas.
Sem cobrar, o Google abriu espaço para todos os usuários colocarem até 20 mil faixas de sua própria coleção nos servidores da empresa. Assim, é possível acessá-las de qualquer computador com conexão à internet.
Mas colocar as músicas na nuvem requer uma boa conexão com a internet: se o número de faixas for alto e a taxa de upload for baixa, o processo pode demorar dias.
Em contrapartida, a Apple oferece o iTunes Match: por US$ 25 anuais, o usuário pode sincronizar sua discoteca particular com a vasta oferta da iTunes Store. Aqui, só as músicas não encontradas na loja necessitam de upload, diminuindo o tempo de espera.