O princípio de greve de fome no presídio de segurança máxima de Campo Grande nesta segunda-feira (9) foi controlado após uma reunião dos detentos com o diretor da unidade, João Bosco Correa.
Nesta segunda-feira (9), alguns dos internos não aceitaram o almoço em protesto contra uma nova portaria que esta sendo elaborada para “disciplinar” a entrada de produtos nas unidades prisionais de Mato Grosso do Sul. A medida tem previsão para ser publicada até o final deste mês.
De acordo com informações da Agência Penitenciária Estadual (Agepen), o princípio de greve foi controlado pacificamente após conversa com os presos. Na ocasião, a direção da unidade teria afirmado que vai avaliar as reivindicações e os pedidos serão levados em consideração.
Ainda segundo a Agepen, a nova portaria é “uma maneira de normatizar e prever as questões de segurança e saúde dos presos”, mas devido ao caráter restritivo teria gerado tumulto entre os detentos.
Alimentos
As orientações para as novas normas de entrada dos produtos, que incluem alimentos, estão sendo repassadas aos visitantes e internos há cerca de 1 mês. Neste domingo (8), feriado do dias das mães, a limitação gerou tumulto e revolta.
Algumas mães e esposas foram obrigadas a retornar para casas porque os “pratos especiais” que haviam preparados especialmente em comemoração à data, ultrapassavam os 3 quilos permitidos. Muitas mães e esposas tiveram que retornar.
Mas a medida, segundo o órgão, é justamente para barrar a entrada de alimentação em excesso.
“Tem visitante que leva 20 quilos de comida”, informou a assessoria de imprensa, acrescentando que a ‘restrição’ vale para todas as unidades prisionais do Estado e a medida é uma maneira de normatizar as questões de saúde, insalubridade e segurança dos próprios presos que acabam armazenando os alimentos nas celas.