O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de março com taxa de -0,74%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é a menor desde junho de 2003, quando ficou em –1,00%. Em fevereiro, a variação do IGP-M havia ficado positiva em 0,26%.
O recuo do indicador foi resultado, principalmente, da deflação de 1,24% verificada entre os preços por atacado no mês, ante taxa de 0,20% em fevereiro.
No corte por origem, a maior pressão de baixa veio dos produtos agropecuários, que ficaram, em média, 2,82% mais baratos, após uma alta de 1,25% no mês anterior. A taxa dos produtos industriais também recuou, mas em menor proporção, passando de –0,18% para –0,72%.
Por estágios da produção, o subgrupo matérias-primas brutas registrou o maior recuo, passando de 0,60% para –2,97%.
Preços ao consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi o único dos três componentes do IGP-M a registrar aceleração na passagem de fevereiro para março, de 0,40% para 0,43%. A principal contribuição de alta veio do grupo alimentação, cuja taxa passou de 0,25% para 0,60%.
Também tiveram alta as taxas dos grupos habitação (de 0,24% para 0,36%) e vestuário (de -0,72% para 0,00%). Em contrapartida, os grupos educação, leitura e recreação (de 1,59% para 0,14%), transportes (de 0,52% para 0,45%), saúde e cuidados pessoais (de 0,63% para 0,59%) e despesas diversas (de 0,35% para 0,34%) registraram desaceleração.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em março, variação de -0,17%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,35%.