Decisão do juiz Aluízio Pereira dos Santos desta semana, publicada ontem, manteve preso o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 61 anos, réu pelo assassinato do menino Rogério Pedra, de 2 anos, ocorrido durante uma briga de trânsito com o tio do menino, Aldemir Pedra, em novembro de 2009.
O pedido da defesa havia sido feito no dia 14 de março, logo após o TJ confirmar a sentença que mandou o jornalista a júri popular por homicídio simples e por três tentativas de homicídio – contra o avô do garoto, que foi ferido; a irmã dele, que estava no carro; e o tio do menino
Quando o pedido foi protocolado, o magistrado argumentou que deveria ser apreciado pela segunda instância, uma vez que estava em fase de recurso. Como saiu a decisão, mantendo a sentença como foi proferida, Aluzio Pereira dos Santos, decidiu despachar, indeferindo o pedido e lembrando as decisões anteriores do Tribunal de Justiça que determinaram a prisão de Agnaldo.
Em seu despacho, ele afirma que, quando o processo voltar da segunda instância, será marcado o júri no prazo máximo de 30 dias, para evitar morosidade.
Histórico-Agnaldo está preso desde setembro do ano passado, depois de ficar livre por vários meses, quando chegou a afirmar para a Justiça que estava morando fora de Mato Grosso do Sul, em Santos, e foi acusado de fornecer endereço falso..
Ele foi preso em flagrante logo após o crime quando tentava registrar um boletim de ocorrência alegando que havia sido vítima de ameaça no trânsito.
Ficou 80 dias na cadeia, mas foi solto por determinação judicial. Depois, teve a prisão preventiva novamente decretada, sob a alegação de que forjou uma separação para escapar da ação que cobra indenização de R$ 1,3 milhão. Mesmo sem ter sido preso, Agnaldo obteve habeas corpus no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
A Justiça mandou prendê-lo novamente porque se mudou para Praia Grande, litoral de São Paulo, sem avisar antecipadamente a Justiça. Ele se apresentou em Campo Grande em setembro do ano passado e agora tenta nova decisão. Agnaldo envolveu-se em uma briga de trânsito na avenida Mato Grosso. Ele atirou na caminhonete onde estavam as vítimas: Rogerinho, o avô dele, o tio dele e a irmã dele. O menino morreu. O avô e a irmã dele ficaram feridos. Vários tiros atingiram o veículo.