O Mutirão Carcerário em andamento na Justiça de Mato Grosso do Sul avaliou se procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, réu pelo assassinato do sobrinho Cláudio Alexander Zeolla, ocorrido em março de 2009, deveria ser liberado e a decisão do juiz responsável foi de que ele deve continuar preso, na clínica psiquiátrica Carandá. Em seu despacho, de ontem, o magistrado cita como motivo para manter o procurador preso o fato de ele ter ameaçado uma testemunha, o adolescente que dirigia o carro usado por Zeolla para deixar o local onde matou o sobrinho.
O magistrado afirma que a prisão é necessária em razão da possibilidade de que a testemunha seja ouvida em plenário durante o julgamento. Zeolla está preso desde o dia do crime. A defesa alegou que ele tem problemas psiquiátricos e por isso foi concedida a prisão na clínica Carandá, onde ele permanece até hoje.
A decisão do magistrado mantendo a prisão salienta que o júlgamento de Zeolla está para ser marcado, pois já está na pauta da Primeira Vara do Tribunal do Júri com prioridade em relação aos outros casos.
O advogado de Zeolla, Ricardo Trad, informou que não é interesse da defesa que ele seja liberado. “Ele está bem na clínica”,afirmou.
O procurador, aposentado compulsoriamente após o assassinato do sobrinho, vai ser julgado por homicídio doloso qualificado, por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O tiro que matou Cláudio Alexander foi disparado pelas costas.
Ele também erá julgado por entregar direção de veículo automotor a pessoa sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação), no caso o adolescente que agora é testemunha do caso, a quem Zeolla teria ameaçado, conforme depoimento prestado na fase de instrução do processo.