Servidores lotados em varas da primeira instância do Tribunal de Justiça de Goiás e do Tribunal de Justiça do Piauí sofrem com a falta de equipamentos adequados. Em diversas unidades, não há computadores e impressoras, o que prejudica a atuação dos servidores e faz com que alguns itens sejam bancados com dinheiro dos juízes.
Esse quadro foi registrado pelo Conselho Nacional de Justiça durante inspeções promovidas em 2011 e 2012. Em Teresina, uma juíza da 4ª Vara Criminal arcou com as despesas de alguns equipamentos, que não foram fornecidos à unidade. Ela informou que dificilmente recebe resposta positiva sobre os pedidos para compra de computadores, no-breaks, estabilizadores e impressoras.
A sala de audiências conta com um computador cedido pelo CNJ e não possui impressora. Já a secretaria tem impressora, mas ela não tem toner e apresenta problemas com frequência. Na 3ª Vara da Comarca de Picos, a 300 quilômetros de Teresina, a inspeção apontou falta de equipamentos, ausência de serviço de suporte e problemas de segurança relacionados ao armazenamento dos processos.
Quadro semelhante foi encontrado na 10ª Vara Criminal de Goiânia, com falta de computadores, segundo o CNJ. Já em Anápolis, no interior de Goiás, o fax da 1ª Vara Criminal ficou quebrado por dois meses, enquanto na 3ª Vara Criminal e no 1º Juizado Especial da cidade, há a necessidade de computadores e de scanner.
Mais dados sobre a falta de equipamentos em unidades de primeira instância do Judiciário estadual devem ser divulgados até o fim de outubro por meio de um relatório completo do CNJ sobre as inspeções que ocorreram entre 2011 e 2012. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.