O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), acatou na noite desta segunda-feira (14/5) pedido da defesa do empresário goiano Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para adiar o depoimento dele na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Congresso. Segundo decisão liminar do ministro, o depoimento fica suspenso até o julgamento do mérito do pedido. Cachoeira deveria comparecer à CPMI nesta terça-feira (15/5).
Os advogados argumentaram que a defesa de Cachoeira estava sendo cerceada, pois não tiveram acesso aos documentos nos quais se basearia o interrogatório, entre eles as provas colhidas nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal. Cachoeira foi, inclusive, orientado pelos advogados a se calar na CPMI caso não tivessem acesso às informações.
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“Para decidir se fala ou se cala, ele precisa antes saber o que há a seu respeito”, destaca a defesa em um trecho da petição apresentada ao Supremo. Os advogados prosseguem alegando que “caso decida silenciar, [Cachoeira] perderá valiosa oportunidade, não só de desconstruir as suspeitas que pesam sobre seus ombros, mas, também, de esclarecer fatos que tanto rumor têm causado”.