Os procuradores Rodrigo de Grandis e Anamara Osório Silva, do Ministério Público Federal, pediram a abertura de procedimento administrativo de controle externo para apurar as reclamações do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. O delegado, que respondia pela Operação Satiagraha, queixou-se formalmente ao MPF sobre impedimentos sofridos durante a investigação.
Protógenes entregou ao MPF, na quinta-feira (17/7), uma representação em que alega ter sido afastado das investigações. Ele também reclama de falta de recursos humanos e materiais para a condução da investigação.
Em gravação divulgada pela PF, em reunião que discutia a sua saída, Protógenes reconhece que errou na operação. O delegado também agradece a apoio do diretor-geral da PF, Luis Fernando Corrêa. “Ele era sabedor dessa operação e correu tudo bem”, afirmou o delegado.
A representação foi distribuída ao procurador Roberto Antonio Dassié Diana, coordenador do grupo de controle externo do MPF-SP.
No início da semana, o delegado Roberto Troncon, diretor de Combate ao Crime Organizado da PF, se comprometeu a entregar ao MPF a íntegra da gravação feita na reunião. A gravação será um dos elementos que poderão ser usados para instruir a apuração.
Revista Consultor Jurídico