LONDRES, 11 Jul (Reuters) – O crescimento econômico em mercados emergentes desacelerou no segundo trimestre de 2012, puxado por uma atividade manufatureira fraca, especialmente na China e no Brasil, de acordo com una pesquisa do HSBC divulgada nesta quarta-feira.
O índice de mercados emergentes do HSBC (EMI, na sigla em inglês), baseado em 21 pesquisas dos setores de serviços e manufatureiro em 16 economias emergentes, caiu para 53,0 no segundo trimestre do ano. O índice ficou em 53,6 nos primeiros três meses de 2012.
Embora o indicador continue em território de expansão, acima da marca de 50, o HSBC informou que o crescimento estava abaixo das médias pré-crise, pressionado pela fraqueza nas economias desenvolvidas.
“O que isso nos diz é que os mercados emergentes ainda não venceram as dificuldades”, disse a economista sênior global do HSBC, Karen Ward.
“Nós precisamos nos lembrar que há duas forças trabalhando: uma é a desaceleração da demanda doméstica que foi projetada (por meio de aumento de taxas) e então eles têm o Oeste implodindo sobre eles.”
Os resultados da pesquisa seguem dados moderados recentes da China e uma diminuição de previsões oficiais de crescimento. Importações mais fracas colocaram dúvidas sobre a força da demanda doméstica para apoiar o crescimento, com a crise da dívida europeia ameaçando prejudicar a atividade econômica global nos próximos anos.
Pesquisa da Reuters prevê que a China tenha crescimento de 7,6 por cento no segundo trimestre ante o mesmo período do ano passado. Isso marcaria a expansão trimestral mais lenta desde o primeiro trimestre de 2009, em meio à crise financeira global.
Além disso, a pesquisa revela um cenário de crescimento a duas velocidades, dentro das economias em desenvolvimento, com Brasil e China crescendo mais lentamente que a Índia e a Rússia, outros membros do chamado grupo dos Brics.
O índice é calculado com os Índices de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) produzidos pelo instituto Markit.