Nos últimos 10 anos, 353 órgãos de doadores sul-mato-grossenses foram cedidos para transplante de pacientes em outros Estados. Deste total, em apenas 18% dos casos as doações atenderam a modalidades de transplantes que não são realizadas no Estado.
Segundo as estatísticas da Central de Transplantes de Mato Grosso do Sul, foram “exportados” para outras unidades da Federação nesse período 246 córneas, 47 rins, 31 corações (no jargão do setor, órgãos “parados”, para utilização das válvulas), 24 fígados, quatro pâncreas e um coração.
Entre os motivos para a não realização das cirurgias em receptores no próprio Estado, estariam a falta de transplantes de rim de doador cadáver, situação que perdurou de 2005 até abril deste ano; a falta de compatibilidade entre doador e receptor, ou até mesmo porque o paciente à espera de transplante não apresentava condições de passar pelo procedimento no momento da doação, seja por algum problema de saúde ou outro fator.
Mesmo assim, foram feitos em Mato Grosso do Sul neste ano 172 transplantes, 26 deles de rim, 20% a mais que o total realizado durante todo o ano de 2011.
“Neste ano, retomamos os transplantes de doadores falecidos na Santa Casa, o que foi um grande avanço, contribuindo para que os órgãos doados permaneçam aqui”, disse a coordenadora da Central de Transplantes de Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo.