Mato Grosso do Sul reduz em até 90% emissão de CO2 por queimadas

A emissão de gás carbônico na atmosfera em Mato Grosso do Sul teve redução de 48% a 90% nos últimos três meses, comparado o mesmo período do ano passado, segundo o Ibama, baseado no monitoramento do Prevfogo.

Em junho as emissões de CO2 registraram uma queda de 56% em relação ao mesmo período do ano passado. Em julho a redução foi de 48% e neste mês de agosto o índice foi 90% menor do que no ano passado.

Para o Ibama, os níveis de redução comprovam o papel das brigadas de combate aos incêndios florestais. Em MS, o Prevfogo considera que as principais causas estão nas queimadas para renovação de pastagens e queima da cana-de-açúcar no período da colheita.

Segundo o analista ambiental Alexandre Pereira, do Prevfogo do Ibama no Estado, a redução se deve à intensidade da esdtiagem, que neste ano foi menor que 2010.

Mato Grosso do Sul já registrou de janeiro até hoje 1.031 focos de calor, contra 1.618 focos no mesmo período do ano passado. Com esses números o Estado está em 13º no ranking de focos de calor.

“São 36% a menos de focos de calor neste ano, e como não estamos registrando queimadas controladas que estão proibidas até setembro no planalto e outubro no Pantanal, as emissões também estão em queda”, diz o analista. Segundo ele, há também o trabalho preventivo das brigadas do Prevfogo nos municípios.

Atuação – Há duas semanas os 120 brigadistas do Ibama em Mato Grosso do Sul estão percorrendo comunidades locais e rurais em volta dos municípios de Corumbá, Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho, Jateí e Costa Rica fazendo o trabalho de prevenção de incêndios florestais e educação ambiental nas regiões mais críticas no Estado. As brigadas orientam a população na realização de aceiros nas propriedades rurais e sobre os riscos de incêndios nesta época do ano, além de esclarecer a população quanto à proibição de queimadas controladas neste período.

Neste ano o Ibama em Mato Grosso do Sul aumentou de quatro para seis os municípios com atuação das brigadas de prevenção e combate aos incêndios florestais. O órgão diz aplicar R$ 1 milhão no treinamento, salários, equipamentos e veículos para manter as brigadas atuando. Até mulheres foram contratadas para a brigada de Costa Rica. Nas brigadas de Porto Murtinho e Miranda, há participação também de indígenas para combate e prevenção nas aldeias dos Kadwéus em Bodoquena.

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