A promotora de Justiça Villis Marra instaurou procedimento administrativo para apurar supostas irregularidades na realização do concurso para procurador do Estado de Goiânia, promovido pela prefeitura, ao contratar instituição inidônea para sua aplicação.
A promotora relata que a empresa contratada foi o Instituto Cidades. Segundo ela, há informações de que o presidente da entidade estaria envolvido em irregularidades no concurso de defensor público do Amazonas, em razão de fraude e venda de vaga a candidato.
Também há notícias de que o dirigente do Instituto Cidades também foi preso por porte ilegal de arma e uso de veículo roubado. Para a promotora, a gravidade desses fatos indicam a vulnerabilidade do representante da instituição, com implicância direta no concurso a ser realizado em Goiânia, afetando sua credibilidade.
No inquérito, a promotora informa que o próprio Tribunal de Contas do Estado, ao tomar conhecimento dessas irregularidades suspendeu o concurso da Defensoria Pública de Goiás, também organizado pela instituição.
Villis Marra lembra que, uma vez comprovados, os fatos ensejam, inclusive, a responsabilização dos agentes públicos envolvidos, pela prática de ato de improbidade. Inicialmente, a promotora requisitou ao presidente da Comissão do Concurso da Procuradoria Jurídica da Prefeitura de Goiânia informações sobre o assunto, requerendo ainda à Secretaria de Administração e Recursos Humanos cópia dos documentos relacionados à contratação do Instituto Cidades.