O Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou o motorista de ônibus Claudinei Costa, acusado de ter atropelado e matado dois garçons no distrito pantaneiro de Albuquerque, por duplo homicídio triplamente qualificado, duas duplas tentativas de homicídio duplamente qualificado e uma tentativa de homicídio triplamente qualificado contra o proprietário/condutor de outro ônibus.
Caso – Narra o Ministério Público de Mato Grosso do Sul que o denunciado teria ficado enfurecido dentro de um bar/boate, após ter tido recusado o pagamento de sua conta no local. O acusado jogou o dinheiro do consumo no chão.
As primeiras supostas condutas criminosas foram as tentativas de homicídio contra os atendentes da boate. O denunciado tentou atropelá-los repetidas vezes – Claudinei Costa jogou o ônibus contra o local e, posteriormente, perseguiu os atendentes, que buscaram socorro junto à casa do sócio do bar.
Claudinei Costa, segundo a denúncia, teria se “arrependido” do que fez e pediu para que os funcionários o matassem, em razão da “besteira” que fez. O MP/MS sustenta que o denunciado tinha total consciência de suas condutas.
O acusado não foi contido e prosseguiu seu “dia de fúria” na condução do ônibus, quando atingiu uma motocicleta, na qual estavam dois garçons da boate (Davison da Silva e Vítor Pedro de Barros), que morreram no local. A moto ficou enroscada no ônibus e os garçons foram arrastados por mais de 300 metros.
A última prática criminosa do acusado foi a tentativa de homicídio contra o motorista de um segundo ônibus que estava no distrito. Claudinei Costa jogou seu ônibus frontalmente contra o ônibus comercial.
Prostituta – Logo após sua prisão, a defesa do acusado chegou a justificar a conduta furiosa em razão de desavença com uma prostituta, bem como de que teria sido vítima do golpe conhecido como “boa noite cinderela”. O órgão ministerial aponta que as provas dos autos são totalmente contrárias às versões apresentadas.
O MP/MS insiste que o denunciado tinha total ciência de suas condutas criminosas e do alto grau de reprovabilidade, visto que, em depoimento, afirmou estar arrependido dos crimes praticados.
Prisão Preventiva – Derradeiramente, o órgão ministerial requereu a manutenção da prisão preventiva de Claudinei Costa até o seu possível julgamento pelo tribunal do júri. O pedido foi fundamentado em razão da somatória das penas mínimas de cada crime pelos quais o acusado está sendo denunciado ser superior a 40 anos de reclusão e, também, pelo abalo que causou no pequeno distrito de Corumbá.
10 de janeiro
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